terça-feira, 1 de setembro de 2015

Introdução a Hermenêutica Bíblica





Capítulo 1

INTRODUÇÃO A HERMENÊUTICA


INTERPRETAÇÃO HERÉTICA.

           Vemo-nos no decorrer da história da Igreja, que vários homens, por se descuidarem de uma reta e precisa interpretação bíblica, cometeram equívocos em suas assertivas. Lembremo-nos de Wiliam Miller que lendo o livro de Daniel fez uma interpretação errada. Segundo ele, baseando-se em Dn 8.14 e fazendo uma serie de cálculos, profetizou a volta de Jesus para 22 de outubro de 1844. Wiliam Miller foi engodado por sua hermenêutica levando assim o surgimento de uma seita chamada de “Adventismo de Sétimo Dia”.  E outros, que segundo o doutor Shedd em uma palestra de hermenêutica disse que existia um homem, que lendo a bíblia dizia que Deus, mandou ele abrir uma Igreja. Por que, quando lia a bíblia lá estava a palavra de Deus dizendo: “meu filho abre um salão, abre um salão”, confundindo com o nome de Absalão!
Diante do exposto acima, observamos que, uma má interpretação pode causar um desastre na sociedade e na vida das pessoas. Por outro lado, muitas pessoas sinceras estudiosas nos ajudam com os seus comentários a lançar luz sobre passagens obscuras e de difícil interpretação. O próprio método da hermenêutica e exegese, nos dão subsídio para analisarmos um texto bíblico ou um livro, para extrair do mesmo a sua reta interpretação e as diretrizes de sua aplicação contextualizada. Por isso é de fundamental importância esse estudo, pois o conhecimento dessa ciência (hermenêutica) resultará uma boa interpretação para os seus objetivos.

CONHECIMENTO DE PORTUGUÊS.

Nós vivemos em um contexto de decadência, no que tange ao ensino da língua portuguesa. Escolas junto com os seus professores, não mais se preocupam se o aluno está se desenvolvendo ou não. E até mesmo, os métodos empregados pelos professores não são suficientes para uma aprendizagem eficaz e precisa. Diante disso, fica difícil para o aluno, quando o mesmo vai trabalhar com os métodos de interpretação nos gêneros literário que estão presentes em várias partes do texto bíblico. Uma análise de uma porção bíblica, nos remete a conhecer um pouco de nossa língua nata, para podermos ter uma compreensão do texto e entender o que ele está transmitindo para nós leitores.
Vemos que a matéria de hermenêutica, nos exige muito esforço e dedicação. Por isso, convido a vocês estudarem um pouco de gramática de nossa língua e assim se prepararem para a arte de interpretação. Não somente isso, mas é de relevante importância consultar o interprete por excelência, o Espírito Santo, pois Ele é o agente primário da revelação, inspiração e iluminação das Escrituras.

MATERIAIS DE AUXÍLIO
         
          Dicionário de português;
Gramática de língua portuguesa;
Comentários bíblicos;
Concordância bíblica;
Atlas bíblico;
Dicionários bíblicos;
Bíblias de Estudo.

HERMENÊUTICA
A hermenêutica é a ciência que “estabelece” os princípios, as leis e métodos de interpretação. Ela é dividida em duas, as quais são: geral e especial.
A “geral” trabalha com qualquer obra escrita.
A “específica” trabalha com primazia o livro Sagrado.

EXEGESE
Existe outra ciência que faz parceria com a hermenêutica, é a exegese. Esta, faz uma profunda análise dos textos da bíblia utilizando-se do grego e hebraico e do conhecimento lexicográfico para extrair com precisão a interpretação. Exegese é diferente de hermenêutica. Pode-se dizer que exegese está para hermenêutica assim como prática está para teoria. Hermenêutica é a teoria, a Exegese é a prática dessa teoria. As duas coadunam entre si, auxiliando o exegeta a adquirir com exatidão o significado, assim como foi para os primeiros leitores.

MÉTODOS DA HERMENÊUTICA
O que é um método?
É o processo organizado de instrução, investigação para se obter um resultado. Neste estudo vamo-nos se utilizar de quatro métodos para um aprofundamento do conhecimento Escriturístico.
1.  Método Analítico.
O método analítico investiga sobre o ponto de vista de:
a) Observação;
b) Interpretação;
c) Correlação;
d) Aplicação ou Contextualização.
2. Método Sintético.
Este método se ocupa não nos pormenores, mas em cada livro como um todo. Ele aborda os assuntos centrais, extraindo assim as palavras que mais são ressaltadas no mesmo e determinado as suas características. Ajudando assim o exegeta a ter uma visão periférica, geral de cada livro da bíblia.
Exemplo:
O livro de Mateus
Autor: Mateus
Data: cerca de 60 d.C. Local: tradicionalmente na Judeia.
Tema: Jesus o Messias e Rei.
Palavra-chave: Cumprir, O Reino dos Céus, Filho do Homem, filho de Deus, Igreja.
Versículo-Chave: Mt 23.37-39.
Estatística: 40º livro da bíblia; 28 capítulos; 1071 versículos; 177 perguntas; 25 profecias A.T; 47 novas profecias; 815 versículos de história; 256 versículos de profecias e duas mensagens distintas de Deus (3.17; 17.5).
Carta aos Hebreus
 Autor: Desconhecido
Data: Cerca de 67-69 d.C.
Destinatários: Aos crentes Judeus em Roma
 Tema: Um melhor Concerto.
Palavra-chave: Melhor.
Versículo-Chave: 4.14.
A palavra fé é encontrada na bíblia 247 vezes. Na epístola aos hebreus é citada 30 vezes.


1. Hebreus 4:2 
2. Hebreus 6:1
 
3. Hebreus 6:12
 
4. Hebreus 10:22
 
5. Hebreus 10:38
 
6. Hebreus 11:1
 
7. Hebreus 11:3
 
8. Hebreus 11:4
 
9. Hebreus 11:5
 
10. Hebreus 11:6
 
11. Hebreus 11:7
 
12. Hebreus 11:8
 
13. Hebreus 11:9
 
14. Hebreus 11:11
 
15. Hebreus 11:13
 
16. Hebreus 11:17
 
17. Hebreus 11:20
 
18. Hebreus 11:21
 
19. Hebreus 11:22
 
20. Hebreus 11:23
 
21.Hebreus 11:24
 
22. Hebreus 11:27
 
23. Hebreus 11:28
 
24. Hebreus 11:29
 
25. Hebreus 11:30
 
26. Hebreus 11:31
 
27. Hebreus 11:33
 
28. Hebreus 11:39
 
29. Hebreus 12:2
 
30. Hebreus 13:7
 


3. Método Temático.
É o método utilizado para se estudar um livro com um assunto. É a investigação sobre um tema escolhido, em toda a Bíblia ou numa porção dela. Irmã da hermenêutica temática, não está ligada diretamente ao texto, mas ao assunto do texto. Na epístola aos romanos, Paulo apresenta certo número de temas diferentes, e os une, tecendo com eles a mensagem que quer transmitir. Utilizando esse método o exegeta deve fazer perguntas para o texto. Suas perguntas devem ser fundamentadas no que Rudyard Kipling chamou "homens honestos em serviço", em The elephanú child [O elefantinhó\'}
Mantenho seis homens honestos em serviço eles me ensinam tudo que sei. Seus nomes são:                            O que, Por que, Quando, Como, Onde e Quem. Use os homens em serviço de Kipling quando elaborar as per­guntas que você quer fazer em seu estudo temático.
Etapas do estudo temático a ser observado.
• Etapa um
Escolha um tema
• Etapa dois
Faça uma relação de todos os versículos que pretende estudar
• Etapa três
Selecione as perguntas a serem feitas
• Etapa quatro
Formule perguntas para cada referência bíblica
• Etapa cinco
Tire conclusões do estudo
• Etapa seis
Escreva uma aplicação pessoal

FORMULÁRIO PARA ESTUDO TEMÁTICO

1. Tema: Definição de discípulo segundo Jesus
2. Lista de referências bíblicas:
Mateus 10.24,25 Lucas 14.26-28 Lucas 14.33 João 8.31,32 João 13.34,35 João 15.8
3. Perguntas a serem feitas:
A. Quais são as características de um discípulo?
B. Qua is são as consequências de ser discípulo?
C.
D.
E.
4* Respostas às perguntas:
Referência bíblica: Mateus 10.24,25
A. Um discípulo será como Cristo (seu Mestre).
B. Ele deve esperar ser tratado como Cristo foi, pelo mundo.
C.
D.
E.

           4. Método Biográfico

O método biográfico procura descobrir o segredo do sucesso ou do fracasso espiritual da vida de alguma personagem bíblica. No estudo biográfico você busca conhecer a vida íntima da persona­gem em estudo. Peça a Deus que o ajude a pensar e a sentir junta­mente com ele, de forma que seu estudo seja uma experiência transformadora de vida. Neste método de estudo, você escolhe uma personagem bíblica e pesquisa sobre sua vida e seu caráter nas Escrituras.
O estudo torna-se aplicativo quando você analisa a sua vida à luz do que pesquisou e pede a Deus que o ajude a substituir suas fraquezas por um caráter positivo. Isso resultará em crescimento e maturidade na vida cristã.

Regras Para Método Biográfico

1 – Escolha o personagem que você quer estudar e estabeleça os limites do estudo, por exemplo:                    “A vida de Davi, antes de tornar-se rei”.

2 – Localize todas as referências que relatam o personagem e resuma em uma sentença cada uma delas.

3 - Descubra e anote: Quem era? O que fazia? Onde morava? Quando viveu? Por que fez e o que fez? Qual o seu caráter? Qual sua importância na história? Onde nasceu? Quem foram seus pais? Qual sua vocação? Era casado? Com quem? Teve filhos? Como eram? Como o personagem morreu?

4 – Escreva um breve esboço da vida do personagem. Inclua os acontecimentos e características importantes, declarando os fatos, sem interpretação. Se possível mantenha o material em ordem cronológica.

5 – Registre a virtude e as fraquezas do personagem.

6 – Escolha o versículo-chave para a vida do personagem.

7 – Resuma a vida do personagem em uma sentença (pode ser positiva ou negativa).

Algumas dicas para um bom estudo biográfico

A fim de que o estudo biográfico seja significativo, você precisa ter em mente certas dicas.
1. Inicie seu estudo com uma personagem sobre quem você pode fazer um estudo simples, com poucas referências bíblicas. Alguns personagens bíblicos podem ser estudados em algumas horas; ou­tros levam semanas e ainda há aqueles, tão importantes, que cus­tam uma vida inteira de estudo. Não comece um estudo de alguém como Jesus, Moisés ou Abraão. Comece com uma pessoa menos importante, mas de certo destaque, como André, Barnabé ou Maria de Betânia.
2. O segredo de um bom estudo biográfico é conviver com aquele personagem durante o estudo. Ponha-se no seu lugar. Ten­te entrar em sua mente e pense, sinta e reaja às circunstâncias como ele. Procure ver as coisas sob seu ponto de vista, olhando com seus olhos, ouvindo com seus ouvidos, entrosando-se com seus amigos e lutando contra seus inimigos. Torne-se essa pessoa enquanto a estuda. Isso só será possível se você passar muito tem­po com ela, lendo e relendo todas as referências bíblicas a seu respeito.
3. Cuidado para não se confundir com pessoas de mesmo nome quando procurar as referências bíblicas. Certifique-se de que o versículo trata da mesma pessoa que você escolheu estudar. Não confunda João Batista com o apóstolo João ou João Marcos. São homens diferentes. O contexto dos versículos geralmente lhe dirá quem é quem. Por exemplo, a Bíblia nos mostra que os seguintes nomes eram populares e se referiam a pessoas diferentes.
• Zacarias — 30 homens diferentes.
• Natã — 20 homens.
• Jonatas — 15 homens.
• Judas — 8 homens.
• Maria — 7 mulheres.
• Tiago — 5 homens.
• João — 5 homens.
4. Tenha o cuidado em achar os diversos nomes que podem se aplicar a uma só pessoa. Considerando que a Bíblia saiu de um contexto hebraico-aramaico-grego, alguns nomes de pessoas mudavam nos idiomas diferentes, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Por exemplo, o apóstolo Pedro é conhecido por Pedro, Simão, Simeão e Cefas. Os três amigos de Daniel, Hananias, Misael e Azarias são mais bem conhecidos por Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Às vezes, ocorre mudança de nome por causa de mudança de caráter, que foi o que aconteceu com Jacó, cujo nome foi mudado para Israel. Assim, seja cuidadoso e encontre todos os nomes atribuídos à mesma pessoa no estudo da Bíblia.
5- Mantenha-se longe de livros escritos sobre personagens bíblicos, até que você tenha esgotado todas as referências bíblicas sobre a pessoa e tenha extraído toda compreensão possível dos textos. Não deixe que um comentarista bíblico lhe roube o trabalho da descoberta pessoal, ou prejudique sua opinião sobre certo personagem. Faça seu trabalho primeiro; depois, confira outras fontes.
Etapas simples para fazer um estudo biográfico
O formulário para estudo biográfico contém dez seções, que representam as dez etapas para fazer este estudo.
Primeira etapa — Escolha a personagem bíblica que quer estudar
Escolha alguém que tenha um ponto fraco como você ou um ponto forte que você gostaria de aperfeiçoar. Selecione uma per­sonagem cuja vida lhe mostre revelações valiosas sobre como você poderia se ajustar mais ao padrão de vida de Deus e se tornar mais semelhante a Jesus Cristo.
Segunda etapa — Faça uma lista de todas as referências bíblicas sobre a personagem
Usando as ferramentas de consulta, encontre todas as referênci­as bíblicas que puder sobre esta personagem, bem como fatos relacionados à sua vida, tais como o seu nascimento, os principais acontecimentos na vida, as realizações, o que os outros diziam a seu respeito e sua morte. Você não obterá todas as "estatísticas fundamentais" necessárias sobre cada personagem que estudar, mas descobrirá tanto quanto possível.
Procure também referências bíblicas que abordem o contexto histórico da vida da personagem. Se o estudo for sobre Daniel, será necessário estudar o contexto histórico dos seus dias. Se for sobre o apóstolo Paulo, terá que estudar suas viagens missionárias.
Terceira etapa — Escreva as primeiras impressões (primeira leitura)
Leia todas as referências bíblicas que você relacionou e faça algu­mas anotações. Escreva a primeira impressão que tiver sobre esta personagem. Depois, escreva observações básicas e informações importantes que descobrir sobre ela. Finalmente, faça uma lista de quaisquer problemas, perguntas ou dificuldades que quiser sa­ber, à medida que for lendo as referências bíblicas.
Quarta etapa — Faça um esboço cronológico (segunda leitura)
Quando se tratar de personagem importante, leia novamente to­das as referências e faça um esboço cronológico da vida dessa pes­soa. Isto o ajudará a ter uma boa perspectiva de sua vida e você perceberá como acontecimentos diferentes se inter-relacionam. Mais tarde, quando estiver estudando os acontecimentos associa­dos à sua vida, saberá em que momento eles ocorreram. No caso das personagens de menor importância ou daquelas sobre quem poucos detalhes são fornecidos, leia as referências bíblicas e faça um esboço com base na informação que você tiver.
Procure ler todas as referências de uma só vez e numa tradução moderna. Isso o ajudará a sentir como sua vida fluía. Enquanto estiver lendo, procure identificar divisões naturais e importantes de sua vida. Depois procure e escreva os progressos e as mudanças de atitude ocorridos ao longo de sua caminhada. Por exemplo, uma divisão bem conhecida da vida de Moisés é:
• Quarenta anos na corte de Faraó — aprendendo a ser al­guém.
• Quarenta anos no deserto de Midiã — aprendendo a ser ninguém.
• Quarenta anos no deserto — aprendendo que Deus é Al­guém.
Essa é uma chave preciosa no estudo do caráter das pessoas. Veja como Deus lentamente moldou e mudou o caráter do perso­nagem estudado ou como Satanás o empurrou para baixo.
Quinta etapa — Procure conhecer o íntimo da personagem (terceira leitura)
Consulte novamente as referências bíblicas e procure possíveis res­postas às perguntas sugeridas no apêndice B. Ao responder algu­mas dessas perguntas, você terá revelações e saberá mais sobre o caráter da pessoa que estiver estudando.
Sexta etapa — Identifique qualidades de caráter (quarta leitura)
Após consultar as referências bíblicas, use a lista sugerida de caracte­rísticas positivas e negativas no apêndice C como forma de verifica­ção. Relacione cada uma das qualidades de caráter que encontrar, boas ou ruins, no formulário ou em uma folha de papel. Cite uma referência bíblica para cada característica observada.
Sétima etapa — Mostre como outras verdades bíblicas são ilustradas na vida da personagem
Examine a vida da personagem para ver como ela ilustra outras verdades bíblicas. Por exemplo, sua vida mostra o princípio da "colheita e semeadura"? Procure na vida dessa pessoa ilustrações de alguns dos provérbios como também certos princípios ensina­dos em Salmos. Por exemplo, pergunte: "A vida dessa pessoa ilus­tra a promessa: 'Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração'?" (SI 37.4). Encontre referências cruzadas que ilus­trem o que a Bíblia diz sobre algumas das características que você achou na vida desta personagem.
Oitava etapa — Resuma a lição principal
Em poucas frases, escreva o que você pensa ser a principal lição ensinada ou ilustrada pela vida desta personagem. Há alguma pa­lavra que traduza a sua vida ? Que característica se sobressai?
Nona etapa — Escreva uma aplicação pessoal
Sintetize o que você aprendeu em um esboço simples, de fácil memorização, possibilitando compartilhar suas conclusões com outros. Torne possível a sua comunicação. Pergunte-se: "O que a vida dessa pessoa pode significar para outros? O que posso com­partilhar sobre o que aprendi para ajudar outras pessoas?".
Divida a informação em sequências naturais de tempo e/ou fatos e lições aprendidas. Registre as informações encontradas de forma progressiva. Depois, pense num modo fácil de memorização para intitular cada seção. Mantenha os títulos condizentes com o conteúdo principal de cada uma delas, fazendo uso de rimas, aliterações e outros dispositivos de memorização. Use sua imagi­nação nesta etapa!

Conclusão
No procedimento das dez etapas apresentadas, sugere-se que você leia todas as referências bíblicas quatro vezes. Na realidade, esse é o número mínimo. Quanto mais vezes você revisar as passagens bíblicas referentes à pessoa que estiver estudando, mais vai obser­var. (Veja as seções de observação no cap. 10 deste livro.)
Como preencher o formulário para estudo biográfico
No final deste capítulo encontra-se o formulário para estudo bio­gráfico, que pode ser reproduzido ou usado como referência para suas anotações. O formulário apresenta as dez etapas já discutidas para fazer este estudo.
Preenchendo o formulário
Preencha os espaços em branco de cada uma das dez etapas, con­forme apresentadas na seção acima. Se precisar de mais espaço, use o verso do formulário ou folhas extras de papel.
O apêndice D fornece uma lista de homens da Bíblia de maior e menor importância, bem como das mulheres que se destacaram. Escolha aqueles que mais lhe interessar. Se estiver começando este método de estudo, estude primeiramente as seguintes pessoas:
1. Maria de Betânia.
2. André.
3. Calebe.
4. Rute.
5. Daniel.
Leitura adicional
Muitos livros foram escritos sobre homens e mulheres da Bíblia. Os alistados a seguir são alguns dos melhores. Lembre-se, todavia, que esse livros não devem ser lidos antes de você fazer seu estudo; faça seu estudo em primeiro lugar, e depois confira se você desco­briu outras coisas sobre aquela personagem.

FORMULÁRIO PARA ESTUDO BIOGRÁFICO

1. Nome: Estevão
2. Referências bíblicas:
Atos 6.3 — 8.2 Atos 11.19 Atos 22.20
3. Primeiras Impressões e observações:
Estevão foi um mártir e poderoso pregador da igreja primitiva com tremendo testemunho, disposto a morrer por sua fé.
4. Esboço de vida:
A. Escolhido pela igreja primitiva como líder:
1. para ajudar a solucionar discordâncias (At 6.5);
2. com base no seu caráter santo (At 6.3,5,8).
B. Ele tinha um grande ministério:
1. servia mesas (At 6.2,5);
2. fazia milagres (At 6.8);
3. pregava e ensinava poderosamente (At 6.10).
C. Ele foi perseguido:
1. hostilizado por judeus de diversas partes (At 6.9);
2. falsamente acusado (At 6.11);
3. preso e levado perante o Sinédrio (At 6.12-14):
a) falsas testemunhas testificaram contra ele;
b) defendeu-se fazendo um retrospecto magistral sobre o Antigo Testamento (At 7.2-53);
c) testemunhou de Jesus (At 7.55,56);
d) foi linchado pela multidão enfurecida (At 7.57-60).
D. Teve um ministério depois da morte — a perseguição fez com que a igreja se espalhasse (At 8.2-4; 11.19).
5. Qualidades de caráter Identificadas: No livro de Atos
• Cheio do Espírito (6.3,5,10)
• Sábio (6.3,10)
• Fiel (6.5)
• Disponível para Deus (6.8)
• Perseverante (6.10)
• Santo (6.15)
• Instruído (7.1-60)
• Ousado (7.51-53) . Valente (7.51-53)
• Perdoador (7.60)
• Respeitado por outros (8.2)
• Testemunha de Jesus (22.20)
7. Verdades bíblicas Ilustradas em sua vida:
A presença e o consolo do Espírito Santo nas provações da vida (At 7.54,55; Hb 13.5,6).
• Falsas acusações e perseguição ocorrerão em nossa vida (At 6.1 lss).
• A graça de Deus nos basta quando andamos com ele (At 6.10; iCo 1.27-31; 2Co 12.9).
6. Aplicação pessoal:
Preciso ser como Estevão — pessoa da Palavra, que conhece a Jesus Cristo intimamente e que, quando questionado, está sem­pre pronto para responder aos outros com base na Palavra. Como conseqüência deste estudo, me comprometo a reservar pelo me­nos quinze minutos para meditação, a fim de conhecer melhor a
Jesus. Também me comprometo a memorizar dois versículos da Escritura, semanalmente, de forma que eu possa responder aos que me questionam.
10. Conceitos comunicáveis (modos de compartilhar com os outros o que aprendi):
Os conceitos neste estudo que são comunicáveis.
A. A necessidade de uma caminhada pessoal com Jesus Cristo. O único modo pelo qual podemos nos tornar homens e mulhe­res de fé e de sabedoria como Estevão é reservando tempo para meditação diária e comunhão com o Senhor. A cami­nhada de Estevão com Jesus Cristo era dinâmica.
B. A necessidade de viver a palavra de Deus regularmente — estudo bíblico e memorização da Escritura. Se quiser conhe­cer a Bíblia como Estevão, preciso investir em tempo nessa atividade para poder ensinar aos outros a fazer o mesmo. Este livro é um meio de me ajudar a fazer isso. Preciso comparti­lhar estes métodos com outras pessoas.
C. Necessidade de intrepidez em tempos de adversidade e perse­guição. Preciso orar para que Deus me dê ousadia para com os outros.
11, Alguém a quem quero compartilhar este estudo:

FORMULÁRIO PARA ESTUDO BIOGRÁFICO
1, Nome:
2. Referências bíblicas:
3. Primeiras impressões é observações:
4. Esboço de sua vida:
5. Revelações (respostas a perguntas):
6. Qualidades de caráter identificadas:
7, Verdades bíblicas Ilustradas em sua vida:
8. Resumo das lições aprendidas por sua vida:
9. Aplicação pessoal:
10. Conceitos comunicáveis (modos de compartilhar com os outros o que aprendi):
11. Alguém a quem quero compartilhar este estudo:


Conclusão
Os métodos que foram abordados aqui, são a maneira mais correta de ter conhecimento no que tange a interpretação. Estes (métodos) é a primeira parte de nosso estudo, que embora a princípio nos parece difícil, entretanto nos auxilia para uma compreensão mais precisa das Sagradas Escrituras.



Prof: Euler Lopes



segunda-feira, 8 de junho de 2015

Quais os critérios para a Canonização Bíblica






O processo de Canonização Bíblica

        Nunca deixaram de existir falsos livros e falsas mensagens. Por representarem ameaça constante, fez-se necessário que o povo de Deus revisse cuidadosamente sua coleção de livros sagrados. Até mesmo os livros aceitos por outros crentes, ou em tempos anteriores, foram posteriormente questionados pela igreja. São discerníveis cinco critérios básicos, presentes no processo como um todo:
1) O livro é autorizado —afirma vir da parte de Deus?
 2) É profético — foi escrito por um servo de Deus?
3) É digno de confiança — fala a verdade acerca de Deus, do homem etc.?
4) É dinâmico — possui o poder de Deus que transforma vidas?
5) É aceito pelo povo de Deus para o qual foi originariamente escrito — é reconhecido como proveniente de Deus?

A autoridade de um livro.


         Como demonstramos antes, cada livro da Bíblia traz uma reivindicação de autoridade divina. Com frequência a expressão categórica "assim diz o Senhor" está presente. Às vezes o tom e as exortações revelam sua origem divina. Sempre existe uma declaração divina. Nos escritos mais didáticos (os de ensino), existe uma declaração divina a respeito do que os crentes devem fazer. Nos livros históricos, as exortações ficam mais implícitas, e as declarações autorizadas são mais a respeito do que Deus tem feito na história de seu povo (que é "a história narrada por Deus"). Se faltasse a um livro a autoridade de Deus, esse era considerado não-canônico, não sendo incluído no cânon sagrado.
Vamos ilustrar esse princípio de autoridade no que se relaciona ao cânon.
           Os livros dos profetas eram facilmente reconhecidos como canónicos por esse princípio de autoridade. A expressão repetida "e o Senhor me disse" ou "a palavra do Senhor veio a mim" é evidência abundante de sua autoridade divina. Alguns livros não tinham nenhuma reivindicação de origem divina, pelo que foram rejeitados e tidos como não-canônicos. Talvez tenha sido o caso do livro dos justos e do livro das guerras do Senhor. Outros livros foram questionados e desafiados quanto à sua autoridade divina, mas por fim foram aceitos no cânon.
          É o caso de Ester. Não antes de se tornar perfeitamente patente que a proteção Deus e, portanto, as declarações do Senhor a respeito de seu povo estavam inquestionavelmente presentes em Ester, recebeu este livro lugar permanente no cânon judaico. Na verdade, o simples fato de alguns livros canónicos serem questionados quanto à sua legitimidade é uma segurança de que os crentes usavam seu discernimento. Se os crentes não estivessem convencidos da autoridade divina de um livro, este era rejeitado.

A autoria profética de um livro.
Os livros proféticos só foram produzidos pela atuação do Espírito, que moveu alguns homens conhecidos como profetas (2Pe 1.20,21). A Palavra de Deus só foi entregue a seu povo mediante os profetas de Deus. Todos os autores bíblicos tinham um dom profético, ou uma função profética, ainda que tal pessoa não fosse profeta por ocupação (Hb 1.1).
Paulo exorta o povo de Deus em Gálatas, dizendo que suas cartas deveriam ser aceitas porque ele era apóstolo de Cristo. Suas cartas não foram produzidas por um homem comum, mas por um apóstolo; não "por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos" (Gl 1.1). Suas cartas deviam ser acatadas porque eram apostólicas — saíram de um porta-voz de Deus, ou profeta de Deus. Todos os livros deveriam ser rejeitados caso não proviessem de profetas nomeados por Deus; essa era a advertência de Paulo. Os crentes não deviam aceitar livros de alguém que falsamente afirmasse ser apóstolo de Cristo (2Ts 2.2), conforme advertência de Paulo também em 2Coríntios 11.13 a respeito dos falsos profetas. As advertências de João sobre os falsos messias e para que os crentes provassem os espíritos enquadram-se nessa mesma categoria (IJo 2.18,19 e 4.1-3). Foi por causa desse princípio profético que a segunda carta de Pedro foi objetada por alguns da igreja primitiva. Enquanto os pais da igreja não ficaram convencidos de que essa carta não havia sido forjada, mas de fato viera da mão do apóstolo Pedro, como seu primeiro versículo o menciona, ela não recebeu lugar permanente no cânon cristão.

A confiabilidade de um livro.
Outro sinal característico da inspiração é ''ser um livro digno de confiança. Todo e qualquer livro que contenha erros factuais ou doutrinários (segundo o julgamento de revelações anteriores) não pode ter sido inspirado por Deus. Deus não pode mentir; a palavras do Senhor só podem ser verdadeiras e coerentes.
         À vista desse princípio, os crentes de Beréia aceitaram os ensinos de Paulo e pesquisaram as Escrituras, para verificar se o que o apóstolo estava ensinando estava de fato de acordo com a revelação de Deus no Antigo Testamento (At 17.11). O mero fato de um texto estar de acordo com uma revelação anterior não indica que tal texto é inspirado. Mas a contradição de uma revelação anterior sem dúvida seria indício de que o ensino não era inspirado.
          Grande parte dos apócrifos foi rejeitada por causa do princípio da confiabilidade. Suas anomalias históricas e heresias teológicas os rejeitaram; seria impossível aceitá-los como vindos de Deus, a despeito de sua aparência de autorizados. Não podiam vir de Deus e ao mesmo tempo apresentar erros.
            Alguns livros canônicos foram questionados com base nesse mesmo princípio. Poderia a carta de Tiago ser inspirada, se contradissesse o ensino de Paulo a respeito da justificação pela fé e nunca pelas obras? Até que a compatibilidade essencial entre os autores se comprovasse, a carta de Tiago foi questionada por alguns estudiosos. Outros questionaram Judas por causa de sua citação de livros não-confiáveis, pseudepigráficos (vv. 9,14). Desde que ficasse entendido que as citações feitas por Judas não podiam conferir nenhuma autoridade àqueles livros, assim como as citações feitas por Paulo, de poetas não-cristãos (v. tb. At 17.28 e Tt 1.12), não poderia conferir a esses nenhuma autoridade, nenhuma razão have¬ria para que a carta de Judas fosse rejeitada.

A natureza dinâmica de um livro.
O quarto teste de canonicidade, às vezes menos explícito do que alguns dos demais, era a capacidade do texto de transformar vidas "... a palavra de Deus é viva e eficaz..." (Hb 4.12). O resultado é que ela pode ser usada "para ensinar, para repreender, para corrigir e para instruir em justiça" (2Tm 3.16,17).
O apóstolo Paulo revelou-nos que a habilidade dinâmica das Escrituras inspiradas estava implicada na aceitação das Escrituras como um todo, como mostra 2Timóteo 3.16,17. Disse Paulo a Timóteo: "... as sagradas letras [...] podem fazer-te sábio para a salvação..." (v. 15). Em outro texto, Pedro se refere ao poder de evangelização e de edificação cristã da Palavra (IPe 1.23; 2.2). Outros livros e mensagens foram rejeitados porque apresentavam falsas esperanças (lRs 22.6-8) ou faziam rugir alarmes falsos (2Ts2.2).Assim, não conduziam o crente ao crescimento na verdade de Jesus Cristo. Assim dissera o Senhor: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8.32). O ensino falso jamais liberta; só a verdade possui poder emancipador.
Alguns livros da Bíblia, como Cântico dos Cânticos e Eclesiastes, foram questionados por alguns estudiosos os julgarem isentos desse poder dinâmico, capaz de edificar o crente. Desde que se convenceram de que o Cântico dos Cânticos não era sensual, mas profundamente espiritual, e que Eclesiastes não é um livro cético e pessimista, mas positivo e edificante (e.g., 12.9,10), pouca dúvida restou acerca de sua canonicidade.

A aceitação de um livro.
A marca final de um documento escrito autorizado é seu reconhecimento pelo povo de Deus ao qual, originariamente, se havia destinado. A Palavra de Deus, dada mediante seus profetas e contendo sua verdade, deve ser reconhecida pelo seu povo. Gerações posteriores de crentes procuraram constatar esse fato. É que, se determinado livro fosse recebido, coligido e usado como obra de Deus, pelas pessoas a quem originariamente se havia destinado, ficava comprovada a sua canonicidade. Sendo o sistema de comunicações e de transportes atrasado como era nos tempos antigos, às vezes a determinação da canonicidade de um livro da parte dos pais da igreja exigia muito tempo e esforço. É por essa razão que o reconhecimento definitivo, completo, por toda a igreja cristã, dos 66 livros do cânon das Escrituras Sagradas exigiu tantos anos.
Os livros de Moisés foram aceitos imediatamente pelo povo de Deus. Foram coligidos, citados, preservados e até mesmo impostos sobre as novas gerações.                  
As cartas de Paulo foram recebidas imediatamente pelas igrejas às quais haviam sido dirigidas (1Ts 2.13), e até pelos demais apóstolos (2Pe 3.16). Alguns escritos foram imediatamente rejeitados pelo povo de Deus, por não apresentarem autoridade divina (2Ts 2.2) Os falsos profetas (Mt 7.21-23) e os espíritos de mentira deveriam ser testados e rejeitados (IJo 4.1-3), como se vê em muitos exemplos dentro da própria Bíblia (cf. Jr 5.2; 14.14) Esse princípio de aceitação levou alguns a questionar durante algum tempo certos livros da Bíblia, como 2 e 3 João. São de natureza particular e de circulação restrita; é compreensível, pois, que houvesse alguma relutância em aceitá-los, até que essas pessoas em dúvida tivessem absoluta certeza de que tais livros haviam sido recebidos pelo povo de Deus do século 1 como cartas do apóstolo João.
É quase desnecessário dizer que nem todas as pessoas deram pronto reconhecimento às mensagens dos profetas de Deus. Deus assumia a defesa rigorosa de seus profetas, contra todos quantos os rejeitassem (e.g., IRs 22.1-38). E, quando o Senhor era desafiado, mostrava quem era seu povo. Quando a autoridade de Moisés foi desafiada por Coré e seus asseclas, a terra se abriu e os engoliu vivos (Nm 16). O papel do povo de Deus era decisivo no reconhecimento da Palavra de Deus. O próprio Deus havia determinado a autoridade que envolvia os livros do cânon que ele inspirara, mas o povo de Deus também havia sido chamado para essa tarefa: descobrir quais eram os livros dotados de autoridade, e quais eram falsos. Para auxiliar o povo de Deus nessa descoberta, havia cinco testes de canonicidade.




Profº Euler Lopes

quarta-feira, 20 de maio de 2015

O que é Teologia??




Os vários ramos da Teologia



Teologia Histórica

A Teologia Histórica é o segundo andar do “edifício teológico”. Trata do desenvolvimento histórico da doutrina e se preocupa com as variações sectárias e afastamentos heréticos da verdade bíblica que apareceram durante a era cristã.  Contém duas divisões principais:
a) O estudo do desenvolvimento progressivo das doutrinas da Bíblia. Os que seguem este método, também chamado de “horizontal”, consideram a história do desenvolvimento doutrinário como um todo, em períodos, e traçam a gênese de todos os vários dogmas em cada período específico, deixando-os no estágio em que são encontrados no fim do período, e então os retomam nesse ponto a fim de seguir seu posterior desenvolvimento. Assim, a teologia própria é estudada até o início da Idade Média; daí abandonada, sendo seguida pelo estudo de outras doutrinas até este período.
b) O exame do desenvolvimento histórico das doutrinas da Igreja desde a era apostólica. Os que seguem este método, também chamado de “vertical”, consideram o estudo das doutrinas separadas na ordem em que se tornam o centro da atenção da Igreja, seguindo seu desenvolvimento até atingirem sua forma final. Seguindo este método, o estudo da teologia própria segue das discussões apostólicas, até a sua formulação final nos credos histórico posterior a reforma.
A Teologia Histórica destaca a importância da história secular, bíblica e eclesiástica devido a contribuição que podem oferecer a compreensão do desenvolvimento doutrinário. Abrange:
a) História da Igreja;
b) História das Missões;
c) História dos credos e das confissões;
d) História das doutrinas.

Fonte: Esdras, Costa. HERMENÊUTICA, Fácil e descomplicada. Ed. CPAD.


Profº:   Euler Lopes

 

TEOLOGIA REFORMADA

 

Pergunta: "O que é Teologia Reformada?"


Resposta:
De uma forma geral, Teologia Reformada inclui qualquer sistema de crença que traça suas raízes à Reforma Protestante do século 16. Claro que os Reformadores basearam sua doutrina nas Escrituras, como indicado no credo de “sola scriptura”, então teologia Reformada não é um “novo” sistema de crença mas um que procura dar continuação à doutrina apostólica.

Geralmente, teologia Reformada defende a autoridade das Escrituras, a soberania de Deus, salvação pela graça através de Cristo e a necessidade de evangelismo. Às vezes é chamada de Teologia do Pacto por causa da ênfase dada à aliança que Deus fez com Adão e a nova aliança que veio através de Jesus Cristo (Lucas 22:20).

Autoridade das Escrituras.Teologia Reformada ensina que a Bíblia é a inspirada e confiável Palavra de Deus, suficiente para todos os assuntos de fé e prática.

Soberania de Deus.Teologia Reformada ensina que Deus reina com controle absoluto sobre toda a criação. Ele predeterminou todos os eventos e, portanto, nunca se frustra com as circunstâncias. Isso não limita a vontade da criatura, nem faz de Deus o autor do pecado.

Salvação pela graça.Teologia reformada ensina que Deus em Sua graça e misericórdia escolheu redimir um povo para Si mesmo, livrando-os do pecado e morte. A doutrina de salvação reformada é também conhecida como os cinco pontos do Calvinisno (ou pelo acróstico TULIP, referente às iniciais dos pontos em inglês):

T- Depravação Total do Homem (Total depravity).O homem é completamente fraco em seu estado de pecado, está sob a ira de Deus e de forma alguma pode agradar a Deus. Depravidade total também significa que o homem não vai naturalmente procurar conhecer a Deus, até que Deus graciosamente o encoraje a assim agir. (Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; Romanos 3:10-18).

U – Eleição incondicional (Unconditional election). Deus, da eternidade passada, escolheu salvar uma grande multidão de pecadores, a qual nenhum homem pode numerar (Romanos 8:29-30; 9:11; Efésios 1:4-6:11-12).

L- Expiação limitada (Limited Atonement). Também chamada de “redenção particular”. Cristo tomou sobre Si o julgamento do pecado dos eleitos e, portanto, pagou por suas vidas com a Sua morte. Em outras palavras, Ele não só tornou salvação “possível”, Ele na verdade a obteve por aqueles que Ele tinha escolhido (Mateus 1:21; João 10:11; 17:9; Atos 20:28; Romanos 8:32; Efésios 5:25).

I - Graça irresistível (Irresistible Grace). Em seu estado depois da Queda ao pecado, o homem resiste ao amor de Deus, mas a graça de Deus trabalhando em seu coração faz com que tal homem deseje o que ele tinha previamente resistido. Quer dizer, a graça de Deus não vai falhar em realizar o seu trabalho de salvação na vida dos eleitos (João 6:37,44; 10:16).

P – Perseverança dos santos (Perseverance of the saints). Deus protege Seus santos de se desviar totalmente; por isso salvação é eterna (João 10:27-29; Romanos 8:29-30; Efésios 1:3-14).

A necessidade de evangelismo.Teologia reformada ensina que Cristãos estão nesse mundo para fazer a diferença, espiritualmente através de evangelismo e socialmente através de uma vida santa e de humanitarismo.

Outras características da teologia Reformada geralmente incluem a observância de dois sacramentos (batismo e comunhão), uma opinião de que certos dons espirituais cessaram (esses dons não foram mais passados à igreja), e uma opinião não dispensacionalista das Escrituras. As igrejas reformadas dão grande valor ao ensino de João Calvino, John Knox, Ulrico Zuínglio e Martinho Lutero. A Confissão de Fé de Westminster incorpora a teologia da tradição Reformada. Igrejas modernas na tradição reformada incluem a Prebisteriana, Congregacionalista e algumas Batistas.




TEOLOGIA MORAL


Teologia Moral é uma disciplina e um campo de conhecimento da Teologia que se dedica ao estudo e à pesquisa do comportamento humano em relação a princípios morais e ético-religiosos. O vocábulo moral provém do latim mos - moris, que inicialmente significava costume, evoluindo depois para uma significação equivalente ao grego εθoς = ethos.


Na teologia cristã, a teologia moral ocupa-se do estudo sistemático dos princípios ético-morais subjacentes à doutrina e às verdades reveladas por Deus, bem como à sua aplicação posterior à vida quotidiana do cristão e da Igreja. Esta teologia está, em parte, englobada pela teologia sistemática. Mas, apesar disso, muitas vezes ela também está associada à teologia prática.

Os cristãos acreditam que o Evangelho e as verdades e doutrinas reveladas, estudadas pela teologia dogmática, estão essencialmente ligadas a uma ética e conduta moral, algo que eles têm que cumprir e obedecer para serem salvos.


TEOLOGIA DOGMÁTICA.


teologia dogmática é a parte da teologia cristã que trata, sistematicamente, do conjunto das verdades reveladas por Deus, isto é, do dogma e das verdades fundamentais com ele vinculadas, às quais se deve em primeiro lugar o assentimento da fé. Esta teologia está, em parte, englobada pela teologia sistemática

TEOLOGIA SISTEMÁTICA.


A teologia sistemática, que engloba ramos como a teologia doutrinal, a teologia dogmática e a teologia filosófica, é o ramo da teologia cristã que reúne as informações extraídas da pesquisa teológica, organiza-as em áreas afins, explica as aparentes contradições e, com isso, fornece um grande sistema explicativo (diferentemente da teologia histórica ou da teologia bíblica).

A teologia sistemática está também associada por vezes à apologética cristã, que serve para, no confronto teológico entre diferentes religiões e heresias, defender a doutrina da confissão cristã em causa.


HISTÓRIA.

A tentativa de organizar as variadas ideias da religião cristã (e os vários tópicos e temas de diversos textos da Bíblia) em um sistema simples, coerente e bem-ordenado é uma tarefa relativamente recente. Na ortodoxia oriental, um exemplo antigo é a Exposição da Fé Ortodoxa, de João de Damasco (feita no século VIII), na qual se tenta organizar, e demonstrar a coerência, a teologia de textos clássicos da tradição teológica oriental.

No Ocidente, as Sentenças de Pedro Lombardo (no século XII), em que é coletada uma grande série de citações dos Pais da Igreja, tornou-se a base para a tradição de comentário temático e explanação da escolástica medieval -- cujo grande exemplo é a Suma Teológica de Tomás de Aquino. A tradição protestante de exposição temática e ordenada de toda a teologia cristã (ortodoxia protestante) surgiu no século XVI, com os Loci Communes de Filipe Melanchton e as Institutas da Religião Cristã de João Calvino.


No século XIX, especialmente em círculos protestantes, um novo modelo de teologia sistemática surgiu: uma tentativa de demonstrar que a doutrina cristã formava um sistema coerente baseado em alguns axiomas centrais. Alguns teólogos se envolveram, então, numa drástica reinterpretação da fé tradicional com o fim de torná-la coerente com estes axiomas. Friedrich Schleiermacher, por exemplo, produziu Der christliche Glaube nach den Grundsatzen der evangelischen Kirche, na década de 1820, onde a ideia central é a presença universal em meio à humanidade (algumas vezes mais oculta, outras, mais explícita) de um sentimento ou consciência de "absoluta dependência"; todos os temas teológicos são reinterpretados como descrições ou expressões de modificações deste sentimento.

TEOLOGIA EXEGÉTICA

Quando nos dispomos pregar a palavra de Deus é necessário que se busque a correta  interpretação da Bíblia, para isso o pregador deve recorrer a duas importantes ciências da teologia que nos ajuda a entender e interpretar melhor o que o texto nos quer transmitir. Estas ciências são a HERMENÊUTICA e a EXEGESE.
HERMENÊUTICA- É uma palavra grega que significa interpretar, traduzir explicar. Ao se ler um texto bíblico, cada pessoa pode ter um ponto de vista diferente. Pois o ponto de vista depende das necessidades, carências e experiências vividas por cada um. Daí a necessidade de entendermos o texto por si mesmo, independente de nossas experiências pessoais, procurando manter a fidelidade do texto.
EXEGESE-  Essa palavra é uma transliteração do grego e significa narração, exposição. É formada por duas palavras gregas: A primeira, significa "fora de" e a segunda "conduzir, guiar", aplicando-se ao texto bíblico significa " tirar para fora a mensagem do texto".
A bíblia é composta de diversos tipos de literaturas e estilos, por isso é necessário interpretar corretamente cada uma delas, A preocupação de um autor de um livro poético é diferente da de um autor de um livro histórico, neste há inclusão de detalhes que são dispensáveis naquele,  como datas, governantes, posição geográfica, a fim de levar  uma compreensão exata do que o autor quis dizer. Vejamos alguns princípios que regem a exegese e a hermenêutica:

1-PRICÍPIOS DA EXEGESE
a)    Defina bem o texto - Evite pregar em textos muito pequenos para não deixar coisas importantes no contexto, ou em textos muito extensos, pois nesse caso a exposição pode ficar superficial, devemos buscar a definição da "perícope" (bloco central de raciocínio de em determinado texto).
b)    Compare diversas traduções - Leia o texto em outras traduções, pois os tradutores podem dar sinônimos de palavras e isso facilita seu entendimento.
c)    Analise o contexto do texto - Estude o parágrafo anterior e o posterior (contexto imediato). Descubra de onde o personagem está vindo e para onde está indo, o que aconteceu antes e depois do episódio que você está estudando. Analise a ideia ou contexto do livro que está sendo estudado (contexto remoto).
d)    Analise a gramática do texto - Anote o significado das palavras que você não conhece, marque os verbos e faça ligações entre eles, separe as perguntas e as respostas que tiver no texto, marque palavras repetidas, comparações, etc.
e)    Defina o tipo de literatura - Seu texto está nos livros histórico ou profético? Está nos evangélicos ou nas cartas? Essa definição é muito importante para compreender o texto.
f)      Pesquise o contexto histórico-geográfico - Use um dicionário bíblico e entenda quem era o personagem principal do texto, quem era sua família, sua profissão, para onde estava indo de onde estava vindo. Quem era o governador ou Rei, etc. Anote todas as informações que o texto traz a fim de conhecer melhor o que estava acontecendo. Consulte sempre um mapa bíblico.
g)    Identifique o tema principal - Qual é a idéia principal do texto? O que o texto está ensinando? Qual é o pensamento dominante? Tem outras idéias secundárias? Normalmente o tema principal do texto indicará o tema do sermão.
h)    Pesquise em comentários Bíblicos- Não dispense os comentários Bíblicos, pois é o fruto do trabalho árduo de pessoas que já estudaram o texto e anotaram as suas conclusões. Porém só consulte um comentário após ter passados por todos os princípios anteriores.


A TEOLOGIA LUTERANA

Prof. Dr. Joaquim José de Moraes Neto
Resumo
A Teologia de Lutero estabelecerá a partir do século XVI um novo paradigma teológico . Tratase da dimensão da cruz como ponto central , tanto da espiritualidade quanto da reflexão teológica. Na verdade Lutero trará para o interior da reflexão teológica da época a dimensão de um fundamento que se fixa não mais na totalidade da salvação, mas sim na alteridade. A cruz de Jesus Cristo quebra os paradigmas judaizantes, trazendo consigo a dimensão de um novo mundo: o mundo do Outro.
Palavras chave: Lutero, teologia, cruz, paradigma.
Pouco depois de 1300 havia iniciado a queda da maioria das instituições e dos ideais do período feudal. O espírito da cavalaria, o regime feudal, o Santo Império Romano, a autoridade universal do papado e o sistema corporativo do comércio e da insipiente indústria iam aos poucos enfraquecendo. A decadência institucional deste período levaria o antigo sistema ao desaparecimento.

Esgotava-se o período das catedrais góticas e a filosofia escolástica iniciava seu período de descrédito no mundo da cultura. Em lugar de tudo isto surgiam novas instituições com um modo de pensar
que será responsável para imprimir, aos séculos que adviriam, uma grande mudança paradigmática em relação à anterior. Neste final de idade Média onde se respirava as condições críticas de uma cultura em declínio e uma outra que surgia é que surge a Reforma. Os homens não mais concebiam o universo como um sistema finito de esferas concêntricas a girar em torno da terra e existindo para a glória e salvação do homem. Já no século XV a teoria heliocêntrica sugeria um cosmos de extensão infinitamente maior, em que a Terra não era senão um pequeno mundo no sistema planetário.
Admitir-se-ia, por outro lado, que a autoridade do governante não estava submetida a qualquer limitação, e alguns chegavam a dizer que o príncipe, no exercício.
de suas funções não devia obediência aos canônes da moralidade. Tudo quanto fosse necessário para manter seu poder ou o poder do estado que governava, justificava-se por si mesmo.
Ficava evidenciado que esta cultura era tanto um eco do passado quanto um prenúncio do futuro. Grande parte da sua literatura, arte e filosofia bem como sua cultura popular tinham raízes na cultura grega ou nos lendários séculos da Idade Média. Todo este movimento cultural foi o terreno em que se desenvolveu a Reforma.
A teologia medieval, basicamente centrada no ideal escolástico, via-se questionada pela nova ordem que se instalava na sociedade. Um novo paradigma estava sendo delineado no seio da cultura. Neste contexto é que surge a teologia de Lutero.
Esta nova teologia não mais meditará sobre o ser de Deus. Teologia é revelação. Mas esta revelação é revelação indireta. Esta teologia reconhece Deus não a partir de obras, mas através da cruz. Teologia da Cruz é aquela que não se reconhece na "glória", mas nos "sofrimentos". Este conhecimento de Deus através do "sofrimento" é assunto da Fé.
No Debate de Heidelberg Lutero define o teólogo da seguinte maneira:
19. Não se pode designar condignamente de teólogo quem enxerga as coisas invisíveis de Deus compreendendo-as por intermédio daquelas que estão feitas;
20. mas sim quem compreende as coisas visíveis e posteriores de
Deus enxergando-as pelos sofrimentos e pela cruz.
21. O teólogo da glória afirma ser bom o que é mau, e mau o que é
bom; o teólogo da cruz diz as coisas como elas são.
22. A sabedoria que enxerga as coisas invisíveis de Deus,
compreendendo-as a partir das obras, se envaidece, fica cega e
endurecida por completo.

TEOLOGIA ARMINIANA

arminianismo é uma escola de pensamento soterológica, baseada sobre ideias do holandes Jacobus Arminius (1560 - 1609)1 e seus seguidores históricos, os remonstrantes. A aceitação doutrinária se estende por boa parte do cristianismo desde os primeiros argumentos entre Atanásio e Orígenes, até a defesa de Agostinho de Hipona do "pecado original."
O arminianismo holandês foi originalmente articulado na Remonstrância (1610), uma declaração teológica assinada por 45 ministros e apresentado ao estado holandês. O Sínodo de Dort (1618–19) foi chamado pelos estados gerais para mudar a Remonstrância. Os cinco pontos da Remonstrância afirmam que:
1.  a eleição (e condenação no dia do jugamento) foi condicionada pela fé racional ou não-fé do homem;
2.  a expiação, embora qualitativamente suficiente à todos os homens, só é eficaz ao homem de fé;
3.  sem o auxílio do Espírito Santo, nenhuma pessoa é capaz de responder à vontade de Deus;
4.  a graça não é irresistível; e
5.  os crentes são capazes de resistir ao pecado, mas não estão fora da possibilidade de cair da graça.
O ponto crucial do arminianismo remonstrante reside na afirmação de que a dignidade humana requer a liberdade perfeita do arbítrio.2
Desde o século XVI, muitos cristãos incluindo os batistas (Ver A History of the Baptists terceira edição por Robert G. Torbet) tem sido influenciados pela visão arminiana. Também os metodistas, os congregacionalistas das primeiras colônias da Nova Inglaterra nos séculos XVII e XVIII, e os universalistas e unitários nos séculos XVIII e XIX.
O termo arminianismo é usado para definir aqueles que afirmam as crenças originadas por Jacobus Arminius, porém o termo também pode ser entendido de forma mais ampla para um agrupamento maior de ideias, incluindo as de Hugo GrotiusJohn Wesley e outros. Há duas perspectivas principais sobre como o sistema pode ser aplicado corretamente: arminianismo clássico, que vê em Arminius o seu representante; e arminianismo wesleyano, que vê em John Wesley o seu representante. O arminianismo wesleyano é por vezes sinônimo de metodismo. Além disso, o arminianismo é muitas vezes mal interpretado por alguns dos seus críticos que o incluem no semipelagianismo ou no pelagianismo, ainda que os defensores de ambas as perspectivas principais neguem veementemente essas alegações.3
Dentro do vasto campo da história da teologia cristã, o arminianismo está intimamente relacionado com o calvinismo (ou teologia reformada), sendo que os dois sistemas compartilham a mesma história e muitas doutrinas. No entanto, eles são frequentemente vistos como rivais dentro do evangelicalismo por causa de suas divergências sobre os detalhes das doutrina da predestinação e da salvação.4

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
Teologia da prosperidade (também conhecida como Evangelho da prosperidade) é uma doutrina religiosa cristã que defende que a bênção financeira é o desejo de Deus para os cristãos e que a , o discurso positivo e as doações para os ministérios cristãos irão sempre aumentar a riqueza material do fiel. Baseada em interpretações não-tradicionais da Bíblia, geralmente com ênfase no Livro de Malaquias, a doutrina interpreta a Bíblia como um contrato entre Deus e os humanos; se os humanos tiverem fé em Deus, Ele irá cumprir suas promessas de segurança e prosperidade. Reconhecer tais promessas como verdadeiras é percebido como um ato de fé, o que Deus irá honrar.
Seus defensores ensinam que a doutrina é um aspecto do caminho à dominação cristã da sociedade, argumentando que a promessa divina de dominação sobre as Tribos de Israel se aplica aos cristãos de hoje. A doutrina enfatiza a importância do empoderamentopessoal, propondo que é da vontade de Deus ver seu povo feliz. A expiação (reconciliação com Deus) é interpretada de forma a incluir o alívio das doenças e da pobreza, que são vistas como maldições a serem quebradas pela fé. Acredita-se atingir isso através da visualização e da confissão positiva, o que é geralmente professado em termos contratuais e mecânicos.
Foi durante os avivamentos de cura (healing revivals) dos anos 1950 que a teologia da prosperidade ganhou proeminência nos Estados Unidos, apesar de especialistas terem ligado suas origens ao Movimento Novo Pensamento. Os ensinamentos da teologia da prosperidade mais tarde ganharam proeminência no Movimento Palavra de Fé e no televangelismo dos anos 1980. Nos anos 1990 e 2000, foi adotada por líderes influentes do Movimento Carismático e promovida por missionários cristãos em todo o mundo, levando à construção de megaigrejas. Líderes proeminentes no desenvolvimento da teologia da prosperidade incluem E. W. KenyonOral RobertsT. L. Osborn e Kenneth Hagin.
As igrejas nas quais o evangelho da prosperidade é ensinado são geralmente não-denominacionais e usualmente dirigidas por um único pastor ou líder, apesar de que algumas desenvolveram redes que se assemelham a denominações. Algumas igrejas dedicam um longo tempo aos ensinamentos sobre o dízimo, o discurso positivo e a fé. Igrejas da prosperidade geralmente ensinam sobre responsabilidade financeira, apesar de que alguns jornalistas e acadêmicos têm criticado seus conselhos nessa área como enganosos. A teologia da prosperidade tem sido criticada por líderes dos movimentos pentecostal e carismático, assim como de outras denominações cristãs. Eles argumentam que ela é irresponsável, promove a idolatria e é contrária às escrituras. Alguns críticos argumentam que a teologia da prosperidade cultua organizações autoritárias, onde os líderes controlam as vidas dos membros. A doutrina tem seu sucesso atribuído, na Coreia do Sul, às semelhanças com a cultura xamanista tradicional. No Ocidente, a teologia da prosperidade tem atraído seguidores das classes média e baixa e tem seu sucesso ligado às semelhanças com o fenômeno do culto à carga, à religiosidade tradicional africana e à teologia da libertação das igrejas afro-americanas.

TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

Teologia da Libertação é uma corrente teológica cristã nascida na América Latina, depois do Concílio Vaticano II e da Conferênciade Medellín (Colômbia, 1968), que parte de considerar que o Evangelho exige a opção preferencial pelos pobres1 e de especificar que a teologia, para concretar essa opção, deve usar também as ciências humanas e sociais.2
É considerada como um movimento supra-denominacional, apartidário e inclusivista de teologia política, que engloba várias correntes de pensamento3 que interpretam os ensinamentos de Jesus Cristo em termos de uma libertação de injustas condições econômicas, políticas ou sociais. Ela foi descrita, pelos seus proponentes como reinterpretação analítica e antropológica da fé cristã, em vista dos problemas sociais,4 mas, seus oponentes a descrevem como marxismorelativismo ematerialismo cristianizado.5
A teologia da libertação está diretamente relacionada ao movimento ecumênico, que busca o retorno à união e comunhão de todas as religiões cristãs. Embora a mesma tenha se iniciado como um movimento dentro da Igreja Católica, na América Latina nos anos 1950-1960, o termo foi cunhado pelo padre peruano Gustavo Gutiérrez em 1971, sendo que mais de 40 anos depois se reconciliou com o Vaticano6 . Escreveu um dos livros mais famosos do movimento, A Teologia da Libertação. Outros expoentes são Leonardo Boff do BrasilJon Sobrino de El Salvador, e Juan Luis Segundo do Uruguai.7 8 9 A teologia da libertação desde os anos 90 sofreu um forte declínio, principalmente devido ao envelhecimento de suas lideranças, e a falta de participação das recentes gerações nesse movimento.10
A influência da teologia da libertação diminuiu após seus formuladores serem condenados pela Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) em 1984 e 1986. A Santa Sé condenou os principais fundamentos da teologia da libertação, como a ênfase exclusiva no pecado institucionalizado, coletivo ou sistêmico, excluindo os pecados individuais, a eliminação da transcendência religiosa, a desvalorização do magistério, e o incentivo à luta de classes.11 12
Em seu recente discurso aos dirigentes do CELAM, durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, o Papa Francisco alertou para o risco da ideologização da mensagem evangélica quando a teologia toma como base as ciências sociais.



Prof. Euler Lopes

Regras da ABNT para trabalhos Científicos


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Diretor: Euler Lopes