O mestre Jesus, nos ordenou dizendo: Portanto, ide, ensinai todas as nações... Mt 28.19a
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Introdução a Hermenêutica Bíblica
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
A HERMENÊUTICA
INTERPRETAÇÃO HERÉTICA.
Vemo-nos no decorrer da história da Igreja,
que vários homens, por se descuidarem de uma reta e precisa interpretação
bíblica, cometeram equívocos em suas assertivas. Lembremo-nos de Wiliam Miller
que lendo o livro de Daniel fez uma interpretação errada. Segundo ele,
baseando-se em Dn 8.14 e fazendo uma serie de cálculos, profetizou a volta de
Jesus para 22 de outubro de 1844. Wiliam Miller foi engodado por sua
hermenêutica levando assim o surgimento de uma seita chamada de “Adventismo de
Sétimo Dia”. E outros, que segundo o
doutor Shedd em uma palestra de hermenêutica disse que existia um homem, que
lendo a bíblia dizia que Deus, mandou ele abrir uma Igreja. Por que, quando lia
a bíblia lá estava a palavra de Deus dizendo: “meu filho abre um salão, abre um
salão”, confundindo com o nome de Absalão!
Diante do
exposto acima, observamos que, uma má interpretação pode causar um desastre na
sociedade e na vida das pessoas. Por outro lado, muitas pessoas sinceras
estudiosas nos ajudam com os seus comentários a lançar luz sobre passagens
obscuras e de difícil interpretação. O próprio método da hermenêutica e
exegese, nos dão subsídio para analisarmos um texto bíblico ou um livro, para
extrair do mesmo a sua reta interpretação e as diretrizes de sua aplicação
contextualizada. Por isso é de fundamental importância esse estudo, pois o
conhecimento dessa ciência (hermenêutica) resultará uma boa interpretação para
os seus objetivos.
CONHECIMENTO DE PORTUGUÊS.
Nós vivemos
em um contexto de decadência, no que tange ao ensino da língua portuguesa.
Escolas junto com os seus professores, não mais se preocupam se o aluno está se
desenvolvendo ou não. E até mesmo, os métodos empregados pelos professores não
são suficientes para uma aprendizagem eficaz e precisa. Diante disso, fica
difícil para o aluno, quando o mesmo vai trabalhar com os métodos de
interpretação nos gêneros literário que estão presentes em várias partes do
texto bíblico. Uma análise de uma porção bíblica, nos remete a conhecer um
pouco de nossa língua nata, para podermos ter uma compreensão do texto e
entender o que ele está transmitindo para nós leitores.
Vemos que a
matéria de hermenêutica, nos exige muito esforço e dedicação. Por isso, convido
a vocês estudarem um pouco de gramática de nossa língua e assim se prepararem
para a arte de interpretação. Não somente isso, mas é de relevante importância
consultar o interprete por excelência, o Espírito Santo, pois Ele é o agente
primário da revelação, inspiração e iluminação das Escrituras.
MATERIAIS DE AUXÍLIO
Dicionário de português;
Gramática de língua portuguesa;
Comentários bíblicos;
Concordância bíblica;
Atlas bíblico;
Dicionários bíblicos;
Bíblias de Estudo.
HERMENÊUTICA
A hermenêutica é a ciência que “estabelece” os princípios, as leis e
métodos de interpretação. Ela é dividida
em duas, as quais são: geral e especial.
A “geral” trabalha com qualquer obra escrita.
A “específica” trabalha com primazia o livro Sagrado.
EXEGESE
Existe outra ciência que faz parceria com a hermenêutica, é a exegese.
Esta, faz uma profunda análise dos textos da bíblia utilizando-se do grego e
hebraico e do conhecimento lexicográfico para extrair com precisão a
interpretação. Exegese é diferente de hermenêutica. Pode-se dizer que exegese
está para hermenêutica assim como prática está para teoria. Hermenêutica é a
teoria, a Exegese é a prática dessa teoria. As duas coadunam entre si,
auxiliando o exegeta a adquirir com exatidão o significado, assim como foi para
os primeiros leitores.
MÉTODOS DA HERMENÊUTICA
O que é um método?
É o
processo organizado de instrução, investigação para se obter um resultado.
Neste estudo vamo-nos se utilizar de quatro métodos para um aprofundamento do
conhecimento Escriturístico.
1. Método Analítico.
O método
analítico investiga sobre o ponto de vista de:
a) Observação;
b) Interpretação;
c) Correlação;
d)
Aplicação ou Contextualização.
2. Método
Sintético.
Este método
se ocupa não nos pormenores, mas em cada livro como um todo. Ele aborda os
assuntos centrais, extraindo assim as palavras que mais são ressaltadas no
mesmo e determinado as suas características. Ajudando assim o exegeta a ter uma
visão periférica, geral de cada livro da bíblia.
Exemplo:
O livro de
Mateus
Autor: Mateus
Data: cerca de
60 d.C. Local: tradicionalmente na Judeia.
Tema: Jesus o
Messias e Rei.
Palavra-chave:
Cumprir, O Reino dos Céus, Filho do Homem, filho de Deus, Igreja.
Versículo-Chave:
Mt 23.37-39.
Estatística:
40º livro da bíblia; 28 capítulos; 1071 versículos; 177 perguntas; 25
profecias A.T; 47 novas profecias; 815 versículos de história; 256 versículos
de profecias e duas mensagens distintas de Deus (3.17; 17.5).
Carta aos
Hebreus
Autor: Desconhecido
Data: Cerca de 67-69 d.C.
Destinatários: Aos crentes Judeus em Roma
Tema: Um melhor Concerto.
Palavra-chave: Melhor.
Versículo-Chave: 4.14.
A palavra fé é
encontrada na bíblia 247 vezes. Na epístola aos hebreus é citada 30 vezes.
1. Hebreus 4:2
2. Hebreus 6:1
3. Hebreus 6:12
4. Hebreus 10:22
5. Hebreus 10:38
6. Hebreus 11:1
7. Hebreus 11:3
8. Hebreus 11:4
9. Hebreus 11:5
10. Hebreus 11:6
11. Hebreus 11:7
12. Hebreus 11:8
13. Hebreus 11:9
14. Hebreus 11:11
15. Hebreus 11:13
16. Hebreus 11:17
17. Hebreus 11:20
18. Hebreus 11:21
19. Hebreus 11:22
20. Hebreus 11:23
21.Hebreus 11:24
22. Hebreus 11:27
23. Hebreus 11:28
24. Hebreus 11:29
25. Hebreus 11:30
26. Hebreus 11:31
27. Hebreus 11:33
28. Hebreus 11:39
29. Hebreus 12:2
30. Hebreus 13:7
2. Hebreus 6:1
3. Hebreus 6:12
4. Hebreus 10:22
5. Hebreus 10:38
6. Hebreus 11:1
7. Hebreus 11:3
8. Hebreus 11:4
9. Hebreus 11:5
10. Hebreus 11:6
11. Hebreus 11:7
12. Hebreus 11:8
13. Hebreus 11:9
14. Hebreus 11:11
15. Hebreus 11:13
16. Hebreus 11:17
17. Hebreus 11:20
18. Hebreus 11:21
19. Hebreus 11:22
20. Hebreus 11:23
21.Hebreus 11:24
22. Hebreus 11:27
23. Hebreus 11:28
24. Hebreus 11:29
25. Hebreus 11:30
26. Hebreus 11:31
27. Hebreus 11:33
28. Hebreus 11:39
29. Hebreus 12:2
30. Hebreus 13:7
3. Método
Temático.
É o método utilizado para se estudar
um livro com um assunto. É a investigação sobre um tema escolhido, em toda a
Bíblia ou numa porção dela. Irmã da hermenêutica temática, não está ligada
diretamente ao texto, mas ao assunto do texto. Na epístola aos romanos, Paulo
apresenta certo número de temas diferentes, e os une, tecendo com eles a
mensagem que quer transmitir. Utilizando esse método o exegeta deve fazer
perguntas para o texto. Suas perguntas devem ser fundamentadas no que Rudyard
Kipling chamou "homens honestos em serviço", em The elephanú child [O
elefantinhó\'}
Mantenho seis homens honestos em serviço eles me ensinam tudo que sei.
Seus nomes são:
O que, Por que, Quando, Como,
Onde e Quem. Use os homens em serviço de Kipling quando elaborar as perguntas
que você quer fazer em seu estudo temático.
Etapas do
estudo temático a ser observado.
• Etapa um
|
Escolha um tema
|
• Etapa dois
|
Faça uma relação de todos os
versículos que pretende estudar
|
• Etapa três
|
Selecione as perguntas a serem
feitas
|
• Etapa quatro
|
Formule perguntas para cada
referência bíblica
|
• Etapa cinco
|
Tire conclusões do estudo
|
• Etapa seis
|
Escreva uma aplicação pessoal
|
FORMULÁRIO PARA ESTUDO TEMÁTICO
1. Tema:
Definição de discípulo segundo Jesus
2. Lista de
referências bíblicas:
Mateus
10.24,25 Lucas 14.26-28 Lucas 14.33 João 8.31,32 João 13.34,35 João 15.8
3.
Perguntas a serem feitas:
A. Quais
são as características de um discípulo?
B. Qua is
são as consequências de ser discípulo?
C.
D.
E.
4* Respostas
às perguntas:
Referência
bíblica: Mateus 10.24,25
A. Um
discípulo será como Cristo (seu Mestre).
B. Ele deve
esperar ser tratado como Cristo foi, pelo mundo.
C.
D.
E.
4. Método Biográfico
O método
biográfico procura descobrir o segredo do sucesso ou do fracasso espiritual da
vida de alguma personagem bíblica. No estudo biográfico você busca conhecer a
vida íntima da personagem em estudo. Peça a Deus que o ajude a pensar e a
sentir juntamente com ele, de forma que seu estudo seja uma experiência
transformadora de vida. Neste método de estudo, você escolhe uma personagem
bíblica e pesquisa sobre sua vida e seu caráter nas Escrituras.
O estudo
torna-se aplicativo quando você analisa a sua vida à luz do que pesquisou e
pede a Deus que o ajude a substituir suas fraquezas por um caráter positivo.
Isso resultará em crescimento e maturidade na vida cristã.
Regras Para Método Biográfico
1 – Escolha o personagem que você quer estudar e estabeleça os limites do estudo, por exemplo: “A vida de Davi, antes de tornar-se rei”.
2 – Localize todas as referências que relatam o personagem e resuma em uma sentença cada uma delas.
3 - Descubra e anote: Quem era? O que fazia? Onde morava? Quando viveu? Por que fez e o que fez? Qual o seu caráter? Qual sua importância na história? Onde nasceu? Quem foram seus pais? Qual sua vocação? Era casado? Com quem? Teve filhos? Como eram? Como o personagem morreu?
4 – Escreva um breve esboço da vida do personagem. Inclua os acontecimentos e características importantes, declarando os fatos, sem interpretação. Se possível mantenha o material em ordem cronológica.
5 – Registre a virtude e as fraquezas do personagem.
6 – Escolha o versículo-chave para a vida do personagem.
7 – Resuma a vida do personagem em uma sentença (pode ser positiva ou negativa).
1 – Escolha o personagem que você quer estudar e estabeleça os limites do estudo, por exemplo: “A vida de Davi, antes de tornar-se rei”.
2 – Localize todas as referências que relatam o personagem e resuma em uma sentença cada uma delas.
3 - Descubra e anote: Quem era? O que fazia? Onde morava? Quando viveu? Por que fez e o que fez? Qual o seu caráter? Qual sua importância na história? Onde nasceu? Quem foram seus pais? Qual sua vocação? Era casado? Com quem? Teve filhos? Como eram? Como o personagem morreu?
4 – Escreva um breve esboço da vida do personagem. Inclua os acontecimentos e características importantes, declarando os fatos, sem interpretação. Se possível mantenha o material em ordem cronológica.
5 – Registre a virtude e as fraquezas do personagem.
6 – Escolha o versículo-chave para a vida do personagem.
7 – Resuma a vida do personagem em uma sentença (pode ser positiva ou negativa).
Algumas dicas para um bom estudo biográfico
A fim de que o estudo biográfico seja
significativo, você precisa ter em mente certas dicas.
1. Inicie seu estudo com uma
personagem sobre quem você pode fazer um estudo simples, com poucas referências
bíblicas. Alguns personagens bíblicos podem ser estudados em algumas horas; outros
levam semanas e ainda há aqueles, tão importantes, que custam uma vida inteira
de estudo. Não comece um estudo de alguém como Jesus, Moisés ou Abraão. Comece
com uma pessoa menos importante, mas de certo destaque, como André, Barnabé ou
Maria de Betânia.
2. O segredo de um bom estudo
biográfico é conviver com aquele personagem durante o estudo. Ponha-se no seu
lugar. Tente entrar em sua mente e pense, sinta e reaja às circunstâncias como
ele. Procure ver as coisas sob seu ponto de vista, olhando com seus olhos,
ouvindo com seus ouvidos, entrosando-se com seus amigos e lutando contra seus
inimigos. Torne-se essa pessoa enquanto a estuda. Isso só será possível se você
passar muito tempo com ela, lendo e relendo todas as referências bíblicas a
seu respeito.
3. Cuidado para não se confundir com
pessoas de mesmo nome quando procurar as referências bíblicas. Certifique-se de
que o versículo trata da mesma pessoa que você escolheu estudar. Não confunda
João Batista com o apóstolo João ou João Marcos. São homens diferentes. O
contexto dos versículos geralmente lhe dirá quem é quem. Por exemplo, a Bíblia
nos mostra que os seguintes nomes eram populares e se referiam a pessoas
diferentes.
• Zacarias — 30 homens diferentes.
• Natã — 20 homens.
• Jonatas — 15 homens.
• Judas — 8 homens.
• Maria — 7 mulheres.
• Tiago — 5 homens.
• João — 5 homens.
4. Tenha o cuidado em achar os
diversos nomes que podem se aplicar a uma só pessoa. Considerando que a Bíblia
saiu de um contexto hebraico-aramaico-grego, alguns nomes de pessoas mudavam nos idiomas diferentes, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Por exemplo,
o apóstolo Pedro é conhecido por Pedro, Simão, Simeão e Cefas. Os três amigos
de Daniel, Hananias, Misael e Azarias são mais bem conhecidos por Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego. Às vezes, ocorre mudança de nome por causa de mudança de
caráter, que foi o que aconteceu com Jacó, cujo nome foi mudado para Israel.
Assim, seja cuidadoso e encontre todos os nomes atribuídos à mesma pessoa no
estudo da Bíblia.
5- Mantenha-se longe de livros escritos
sobre personagens bíblicos, até que você tenha esgotado todas as referências
bíblicas sobre a pessoa e tenha extraído toda compreensão possível dos textos.
Não deixe que um comentarista bíblico lhe roube o trabalho da descoberta pessoal, ou prejudique sua opinião sobre certo personagem. Faça seu trabalho
primeiro; depois, confira outras fontes.
Etapas simples para fazer um estudo biográfico
O formulário para estudo biográfico
contém dez seções, que representam as dez etapas para fazer este estudo.
Primeira etapa — Escolha a personagem
bíblica que quer estudar
Escolha alguém que tenha um ponto
fraco como você ou um ponto forte que você gostaria de aperfeiçoar. Selecione
uma personagem cuja vida lhe mostre revelações valiosas sobre como você
poderia se ajustar mais ao padrão de vida de Deus e se tornar mais semelhante a
Jesus Cristo.
Segunda etapa — Faça uma lista de
todas as referências bíblicas sobre a personagem
Usando as ferramentas de consulta,
encontre todas as referências bíblicas que puder sobre esta personagem, bem
como fatos relacionados à sua vida, tais como o seu nascimento, os principais
acontecimentos na vida, as realizações, o que os outros diziam a seu respeito e
sua morte. Você não obterá todas as "estatísticas fundamentais"
necessárias sobre cada personagem que estudar, mas descobrirá tanto quanto
possível.
Procure também referências bíblicas
que abordem o contexto histórico da vida da personagem. Se o estudo for sobre
Daniel, será necessário estudar o contexto histórico dos seus dias. Se for
sobre o apóstolo Paulo, terá que estudar suas viagens missionárias.
Terceira etapa — Escreva as primeiras
impressões (primeira leitura)
Leia todas as referências bíblicas
que você relacionou e faça algumas anotações. Escreva a primeira impressão que
tiver sobre esta personagem. Depois, escreva observações básicas e informações
importantes que descobrir sobre ela. Finalmente, faça uma lista de quaisquer
problemas, perguntas ou dificuldades que quiser saber, à medida que for lendo
as referências bíblicas.
Quarta etapa — Faça um esboço
cronológico (segunda leitura)
Quando se tratar de personagem importante,
leia novamente todas as referências e faça um esboço cronológico da vida dessa
pessoa. Isto o ajudará a ter uma boa perspectiva de sua vida e você perceberá
como acontecimentos diferentes se inter-relacionam. Mais tarde, quando estiver
estudando os acontecimentos associados à sua vida, saberá em que momento eles
ocorreram. No caso das personagens de menor importância ou daquelas sobre quem
poucos detalhes são fornecidos, leia as referências bíblicas e faça um esboço
com base na informação que você tiver.
Procure ler todas as referências de
uma só vez e numa tradução moderna. Isso o ajudará a sentir como sua vida
fluía. Enquanto estiver lendo, procure identificar divisões naturais e
importantes de sua vida. Depois procure e escreva os progressos e as mudanças
de atitude ocorridos ao longo de sua caminhada. Por exemplo, uma divisão bem
conhecida da vida de Moisés é:
• Quarenta anos na corte de Faraó —
aprendendo a ser alguém.
• Quarenta anos no deserto de Midiã —
aprendendo a ser ninguém.
• Quarenta anos no deserto —
aprendendo que Deus é Alguém.
Essa é uma chave preciosa no estudo
do caráter das pessoas. Veja como Deus lentamente moldou e mudou o caráter do
personagem estudado ou como Satanás o empurrou para baixo.
Quinta etapa — Procure conhecer o
íntimo da personagem (terceira leitura)
Consulte novamente as referências
bíblicas e procure possíveis respostas às perguntas sugeridas no apêndice B.
Ao responder algumas dessas perguntas, você terá revelações e saberá mais
sobre o caráter da pessoa que estiver estudando.
Sexta etapa — Identifique qualidades
de caráter (quarta leitura)
Após consultar as referências
bíblicas, use a lista sugerida de características positivas e negativas no
apêndice C como forma de verificação. Relacione cada uma das qualidades de
caráter que encontrar, boas ou ruins, no formulário ou em uma folha de papel.
Cite uma referência bíblica para cada característica observada.
Sétima etapa — Mostre como outras
verdades bíblicas são ilustradas na vida da personagem
Examine a vida da personagem para ver
como ela ilustra outras verdades bíblicas. Por exemplo, sua vida mostra o
princípio da "colheita e semeadura"? Procure na vida dessa pessoa
ilustrações de alguns dos provérbios como também certos princípios ensinados
em Salmos. Por exemplo, pergunte: "A vida dessa pessoa ilustra a
promessa: 'Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu
coração'?" (SI 37.4). Encontre referências cruzadas que ilustrem o que a
Bíblia diz sobre algumas das características que você achou na vida desta
personagem.
Oitava etapa — Resuma a lição
principal
Em poucas frases, escreva o que você
pensa ser a principal lição ensinada ou ilustrada pela vida desta personagem.
Há alguma palavra que traduza a sua vida ? Que característica se sobressai?
Nona etapa — Escreva uma aplicação
pessoal
Sintetize o que você aprendeu em um
esboço simples, de fácil memorização, possibilitando compartilhar suas
conclusões com outros. Torne possível a sua comunicação. Pergunte-se: "O
que a vida dessa pessoa pode significar para outros? O que posso compartilhar
sobre o que aprendi para ajudar outras pessoas?".
Divida a informação em sequências
naturais de tempo e/ou fatos e lições aprendidas. Registre as informações
encontradas de forma progressiva. Depois, pense num modo fácil de memorização
para intitular cada seção. Mantenha os títulos condizentes com o conteúdo
principal de cada uma delas, fazendo uso de rimas, aliterações e outros
dispositivos de memorização. Use sua imaginação nesta etapa!
Conclusão
No procedimento das dez etapas
apresentadas, sugere-se que você leia todas as referências bíblicas quatro
vezes. Na realidade, esse é o número mínimo. Quanto mais vezes você revisar as
passagens bíblicas referentes à pessoa que estiver estudando, mais vai observar.
(Veja as seções de observação no cap. 10 deste livro.)
Como preencher o formulário para
estudo biográfico
No final deste capítulo encontra-se o
formulário para estudo biográfico, que pode ser reproduzido ou usado como
referência para suas anotações. O formulário apresenta as dez etapas já
discutidas para fazer este estudo.
Preenchendo o formulário
Preencha os espaços em branco de cada
uma das dez etapas, conforme apresentadas na seção acima. Se precisar de mais
espaço, use o verso do formulário ou folhas extras de papel.
O apêndice D fornece uma lista de
homens da Bíblia de maior e menor importância, bem como das mulheres que se
destacaram. Escolha aqueles que mais lhe interessar. Se estiver começando este
método de estudo, estude primeiramente as seguintes pessoas:
1. Maria de Betânia.
2. André.
3. Calebe.
4. Rute.
5. Daniel.
Leitura adicional
Muitos livros foram escritos sobre
homens e mulheres da Bíblia. Os alistados a seguir são alguns dos melhores.
Lembre-se, todavia, que esse livros não devem ser lidos antes de você fazer seu
estudo; faça seu estudo em primeiro lugar, e depois confira se você descobriu
outras coisas sobre aquela personagem.
FORMULÁRIO PARA ESTUDO BIOGRÁFICO
1. Nome: Estevão
2. Referências bíblicas:
Atos 6.3 — 8.2 Atos 11.19 Atos 22.20
3. Primeiras Impressões e
observações:
Estevão foi um mártir e poderoso
pregador da igreja primitiva com tremendo testemunho, disposto a morrer por sua
fé.
4. Esboço de vida:
A. Escolhido pela igreja primitiva
como líder:
1. para ajudar a solucionar
discordâncias (At 6.5);
2. com base no seu caráter santo (At
6.3,5,8).
B. Ele tinha um grande ministério:
1. servia mesas (At 6.2,5);
2. fazia milagres (At 6.8);
3. pregava e ensinava poderosamente
(At 6.10).
C. Ele foi perseguido:
1. hostilizado por judeus de diversas
partes (At 6.9);
2. falsamente acusado (At 6.11);
3. preso e levado perante o Sinédrio
(At 6.12-14):
a) falsas testemunhas testificaram
contra ele;
b) defendeu-se fazendo um retrospecto
magistral sobre o Antigo Testamento (At 7.2-53);
c) testemunhou de Jesus (At 7.55,56);
d) foi linchado pela multidão
enfurecida (At 7.57-60).
D. Teve um ministério depois da morte
— a perseguição fez com que a igreja se espalhasse (At 8.2-4; 11.19).
5. Qualidades de caráter
Identificadas: No livro de Atos
• Cheio do Espírito
(6.3,5,10)
• Sábio (6.3,10)
• Fiel (6.5)
• Disponível para Deus
(6.8)
• Perseverante (6.10)
• Santo (6.15)
• Instruído (7.1-60)
• Ousado (7.51-53) .
Valente (7.51-53)
• Perdoador (7.60)
• Respeitado por outros
(8.2)
• Testemunha de Jesus
(22.20)
7. Verdades bíblicas Ilustradas em
sua vida:
■ A presença e o consolo do Espírito
Santo nas provações da vida (At 7.54,55; Hb 13.5,6).
• Falsas acusações e perseguição
ocorrerão em nossa vida (At 6.1 lss).
• A graça de Deus nos basta quando
andamos com ele (At 6.10; iCo 1.27-31; 2Co 12.9).
6. Aplicação pessoal:
Preciso ser como Estevão — pessoa da
Palavra, que conhece a Jesus Cristo intimamente e que, quando questionado, está
sempre pronto para responder aos outros com base na Palavra. Como conseqüência
deste estudo, me comprometo a reservar pelo menos quinze minutos para
meditação, a fim de conhecer melhor a
Jesus. Também me comprometo a
memorizar dois versículos da Escritura, semanalmente, de forma que eu possa
responder aos que me questionam.
10. Conceitos comunicáveis (modos de
compartilhar com os outros o que aprendi):
Os conceitos neste estudo que são
comunicáveis.
A. A necessidade de uma caminhada
pessoal com Jesus Cristo. O único modo pelo qual podemos nos tornar homens e
mulheres de fé e de sabedoria como Estevão é reservando tempo para meditação
diária e comunhão com o Senhor. A caminhada de Estevão com Jesus Cristo era
dinâmica.
B. A necessidade de viver a palavra
de Deus regularmente — estudo bíblico e memorização da Escritura. Se quiser
conhecer a Bíblia como Estevão, preciso investir em tempo nessa atividade para
poder ensinar aos outros a fazer o mesmo. Este livro é um meio de me ajudar a
fazer isso. Preciso compartilhar estes métodos com outras pessoas.
C. Necessidade de intrepidez em
tempos de adversidade e perseguição. Preciso orar para que Deus me dê ousadia
para com os outros.
11, Alguém a quem quero compartilhar
este estudo:
FORMULÁRIO PARA ESTUDO BIOGRÁFICO
1, Nome:
2. Referências bíblicas:
3. Primeiras impressões é observações:
4. Esboço de sua vida:
5. Revelações (respostas a
perguntas):
6. Qualidades de caráter
identificadas:
7, Verdades bíblicas Ilustradas em
sua vida:
8. Resumo das lições aprendidas por
sua vida:
9. Aplicação pessoal:
10. Conceitos comunicáveis (modos de
compartilhar com os outros o que aprendi):
11. Alguém a quem quero compartilhar
este estudo:
Conclusão
Os métodos que foram abordados
aqui, são a maneira mais correta de ter conhecimento no que tange a
interpretação. Estes (métodos) é a primeira parte de nosso estudo, que embora a
princípio nos parece difícil, entretanto nos auxilia para uma compreensão mais
precisa das Sagradas Escrituras.
Prof: Euler Lopes
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Quais os critérios para a Canonização Bíblica
O processo de Canonização Bíblica
Nunca deixaram de existir falsos livros e falsas mensagens. Por representarem ameaça constante, fez-se necessário que o povo de Deus revisse cuidadosamente sua coleção de livros sagrados. Até mesmo os livros aceitos por outros crentes, ou em tempos anteriores, foram posteriormente questionados pela igreja. São discerníveis cinco critérios básicos, presentes no processo como um todo:
1) O livro é autorizado —afirma vir da parte de
Deus?
2) É
profético — foi escrito por um servo de Deus?
3) É digno de confiança — fala a verdade acerca
de Deus, do homem etc.?
4) É dinâmico — possui o poder de Deus que
transforma vidas?
5) É aceito pelo povo de Deus para o qual foi
originariamente escrito — é reconhecido como proveniente de Deus?
A autoridade de um livro.
Como demonstramos antes, cada livro da
Bíblia traz uma reivindicação de autoridade divina. Com frequência a expressão
categórica "assim diz o Senhor" está presente. Às vezes o tom e as
exortações revelam sua origem divina. Sempre existe uma declaração divina. Nos
escritos mais didáticos (os de ensino), existe uma declaração divina a respeito
do que os crentes devem fazer. Nos livros históricos, as exortações ficam mais
implícitas, e as declarações autorizadas são mais a respeito do que Deus tem
feito na história de seu povo (que é "a história narrada por Deus").
Se faltasse a um livro a autoridade de Deus, esse era considerado não-canônico,
não sendo incluído no cânon sagrado.
Vamos ilustrar esse princípio de autoridade no que se relaciona ao cânon.
Vamos ilustrar esse princípio de autoridade no que se relaciona ao cânon.
Os livros dos profetas eram
facilmente reconhecidos como canónicos por esse princípio de autoridade. A
expressão repetida "e o Senhor me disse" ou "a palavra do Senhor
veio a mim" é evidência abundante de sua autoridade divina. Alguns livros
não tinham nenhuma reivindicação de origem divina, pelo que foram rejeitados e
tidos como não-canônicos. Talvez tenha sido o caso do livro dos justos e do
livro das guerras do Senhor. Outros livros foram questionados e desafiados
quanto à sua autoridade divina, mas por fim foram aceitos no cânon.
É o caso de Ester. Não antes de se
tornar perfeitamente patente que a proteção Deus e, portanto, as declarações do
Senhor a respeito de seu povo estavam inquestionavelmente presentes em Ester,
recebeu este livro lugar permanente no cânon judaico. Na verdade, o simples
fato de alguns livros canónicos serem questionados quanto à sua legitimidade é
uma segurança de que os crentes usavam seu discernimento. Se os crentes não
estivessem convencidos da autoridade divina de um livro, este era rejeitado.
A
autoria profética de um livro.
Os livros
proféticos só foram produzidos pela atuação do Espírito, que moveu alguns
homens conhecidos como profetas (2Pe 1.20,21). A Palavra de Deus só foi
entregue a seu povo mediante os profetas de Deus. Todos os autores bíblicos
tinham um dom profético, ou uma função profética, ainda que tal pessoa não
fosse profeta por ocupação (Hb 1.1).
Paulo exorta o
povo de Deus em Gálatas, dizendo que suas cartas deveriam ser aceitas porque
ele era apóstolo de Cristo. Suas cartas não foram produzidas por um homem
comum, mas por um apóstolo; não "por homem algum, mas por Jesus Cristo, e
por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos" (Gl 1.1). Suas cartas
deviam ser acatadas porque eram apostólicas — saíram de um porta-voz de Deus,
ou profeta de Deus. Todos os livros deveriam ser rejeitados caso não proviessem
de profetas nomeados por Deus; essa era a advertência de Paulo. Os crentes não
deviam aceitar livros de alguém que falsamente afirmasse ser apóstolo de Cristo
(2Ts 2.2), conforme advertência de Paulo também em 2Coríntios 11.13 a respeito
dos falsos profetas. As advertências de João sobre os falsos messias e para que
os crentes provassem os espíritos enquadram-se nessa mesma categoria (IJo
2.18,19 e 4.1-3). Foi por causa desse princípio profético que a segunda carta
de Pedro foi objetada por alguns da igreja primitiva. Enquanto os pais da
igreja não ficaram convencidos de que essa carta não havia sido forjada, mas de
fato viera da mão do apóstolo Pedro, como seu primeiro versículo o menciona,
ela não recebeu lugar permanente no cânon cristão.
A confiabilidade de um livro.
Outro sinal
característico da inspiração é ''ser um livro digno de confiança. Todo e
qualquer livro que contenha erros factuais ou doutrinários (segundo o
julgamento de revelações anteriores) não pode ter sido inspirado por Deus. Deus
não pode mentir; a palavras do Senhor só podem ser verdadeiras e coerentes.
À vista desse princípio, os crentes de Beréia aceitaram os ensinos de Paulo e pesquisaram as Escrituras, para verificar se o que o apóstolo estava ensinando estava de fato de acordo com a revelação de Deus no Antigo Testamento (At 17.11). O mero fato de um texto estar de acordo com uma revelação anterior não indica que tal texto é inspirado. Mas a contradição de uma revelação anterior sem dúvida seria indício de que o ensino não era inspirado.
Grande parte dos apócrifos foi rejeitada por causa do princípio da confiabilidade. Suas anomalias históricas e heresias teológicas os rejeitaram; seria impossível aceitá-los como vindos de Deus, a despeito de sua aparência de autorizados. Não podiam vir de Deus e ao mesmo tempo apresentar erros.
Alguns livros canônicos foram questionados com base nesse mesmo princípio. Poderia a carta de Tiago ser inspirada, se contradissesse o ensino de Paulo a respeito da justificação pela fé e nunca pelas obras? Até que a compatibilidade essencial entre os autores se comprovasse, a carta de Tiago foi questionada por alguns estudiosos. Outros questionaram Judas por causa de sua citação de livros não-confiáveis, pseudepigráficos (vv. 9,14). Desde que ficasse entendido que as citações feitas por Judas não podiam conferir nenhuma autoridade àqueles livros, assim como as citações feitas por Paulo, de poetas não-cristãos (v. tb. At 17.28 e Tt 1.12), não poderia conferir a esses nenhuma autoridade, nenhuma razão have¬ria para que a carta de Judas fosse rejeitada.
A natureza dinâmica de um livro.
À vista desse princípio, os crentes de Beréia aceitaram os ensinos de Paulo e pesquisaram as Escrituras, para verificar se o que o apóstolo estava ensinando estava de fato de acordo com a revelação de Deus no Antigo Testamento (At 17.11). O mero fato de um texto estar de acordo com uma revelação anterior não indica que tal texto é inspirado. Mas a contradição de uma revelação anterior sem dúvida seria indício de que o ensino não era inspirado.
Grande parte dos apócrifos foi rejeitada por causa do princípio da confiabilidade. Suas anomalias históricas e heresias teológicas os rejeitaram; seria impossível aceitá-los como vindos de Deus, a despeito de sua aparência de autorizados. Não podiam vir de Deus e ao mesmo tempo apresentar erros.
Alguns livros canônicos foram questionados com base nesse mesmo princípio. Poderia a carta de Tiago ser inspirada, se contradissesse o ensino de Paulo a respeito da justificação pela fé e nunca pelas obras? Até que a compatibilidade essencial entre os autores se comprovasse, a carta de Tiago foi questionada por alguns estudiosos. Outros questionaram Judas por causa de sua citação de livros não-confiáveis, pseudepigráficos (vv. 9,14). Desde que ficasse entendido que as citações feitas por Judas não podiam conferir nenhuma autoridade àqueles livros, assim como as citações feitas por Paulo, de poetas não-cristãos (v. tb. At 17.28 e Tt 1.12), não poderia conferir a esses nenhuma autoridade, nenhuma razão have¬ria para que a carta de Judas fosse rejeitada.
A natureza dinâmica de um livro.
O quarto teste de
canonicidade, às vezes menos explícito do que alguns dos demais, era a capacidade
do texto de transformar vidas "... a palavra de Deus é viva e
eficaz..." (Hb 4.12). O resultado é que ela pode ser usada "para
ensinar, para repreender, para corrigir e para instruir em justiça" (2Tm
3.16,17).
O apóstolo Paulo
revelou-nos que a habilidade dinâmica das Escrituras inspiradas estava
implicada na aceitação das Escrituras como um todo, como mostra 2Timóteo
3.16,17. Disse Paulo a Timóteo: "... as sagradas letras [...] podem
fazer-te sábio para a salvação..." (v. 15). Em outro texto, Pedro se
refere ao poder de evangelização e de edificação cristã da Palavra (IPe 1.23;
2.2). Outros livros e mensagens foram rejeitados porque apresentavam falsas
esperanças (lRs 22.6-8) ou faziam rugir alarmes falsos (2Ts2.2).Assim, não
conduziam o crente ao crescimento na verdade de Jesus Cristo. Assim dissera o
Senhor: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8.32).
O ensino falso jamais liberta; só a verdade possui poder emancipador.
Alguns livros da
Bíblia, como Cântico dos Cânticos e Eclesiastes, foram questionados por alguns
estudiosos os julgarem isentos desse poder dinâmico, capaz de edificar o
crente. Desde que se convenceram de que o Cântico dos Cânticos não era sensual,
mas profundamente espiritual, e que Eclesiastes não é um livro cético e
pessimista, mas positivo e edificante (e.g., 12.9,10), pouca dúvida restou
acerca de sua canonicidade.
A aceitação de um livro.
A marca final de
um documento escrito autorizado é seu reconhecimento pelo povo de Deus ao qual,
originariamente, se havia destinado. A Palavra de Deus, dada mediante seus
profetas e contendo sua verdade, deve ser reconhecida pelo seu povo. Gerações
posteriores de crentes procuraram constatar esse fato. É que, se determinado
livro fosse recebido, coligido e usado como obra de Deus, pelas pessoas a quem
originariamente se havia destinado, ficava comprovada a sua canonicidade. Sendo
o sistema de comunicações e de transportes atrasado como era nos tempos
antigos, às vezes a determinação da canonicidade de um livro da parte dos pais
da igreja exigia muito tempo e esforço. É por essa razão que o reconhecimento
definitivo, completo, por toda a igreja cristã, dos 66 livros do cânon das
Escrituras Sagradas exigiu tantos anos.
Os livros de
Moisés foram aceitos imediatamente pelo povo de Deus. Foram coligidos, citados,
preservados e até mesmo impostos sobre as novas gerações.
As cartas de Paulo
foram recebidas imediatamente pelas igrejas às quais haviam sido dirigidas (1Ts
2.13), e até pelos demais apóstolos (2Pe 3.16). Alguns escritos foram
imediatamente rejeitados pelo povo de Deus, por não apresentarem autoridade
divina (2Ts 2.2) Os falsos profetas (Mt 7.21-23) e os espíritos de mentira
deveriam ser testados e rejeitados (IJo 4.1-3), como se vê em muitos exemplos dentro
da própria Bíblia (cf. Jr 5.2; 14.14) Esse princípio de aceitação levou alguns
a questionar durante algum tempo certos livros da Bíblia, como 2 e 3 João. São
de natureza particular e de circulação restrita; é compreensível, pois, que
houvesse alguma relutância em aceitá-los, até que essas pessoas em dúvida
tivessem absoluta certeza de que tais livros haviam sido recebidos pelo povo de
Deus do século 1 como cartas do apóstolo João.
É quase
desnecessário dizer que nem todas as pessoas deram pronto reconhecimento às
mensagens dos profetas de Deus. Deus assumia a defesa rigorosa de seus
profetas, contra todos quantos os rejeitassem (e.g., IRs 22.1-38). E, quando o
Senhor era desafiado, mostrava quem era seu povo. Quando a autoridade de Moisés
foi desafiada por Coré e seus asseclas, a terra se abriu e os engoliu vivos (Nm
16). O papel do povo de Deus era decisivo no reconhecimento da Palavra de Deus.
O próprio Deus havia determinado a autoridade que envolvia os livros do cânon
que ele inspirara, mas o povo de Deus também havia sido chamado para essa
tarefa: descobrir quais eram os livros dotados de autoridade, e quais eram
falsos. Para auxiliar o povo de Deus nessa descoberta, havia cinco testes de
canonicidade.
Profº Euler Lopes
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