segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O Perigo da Interpretação Unicista





Para vocês que amam a palavra de Deus, não deixem de analisar isso, pois estamos vivendo um bombardeio de heresias como nunca houve na história da Igreja. Mas acreditamos que, ainda têm homens de Deus, destemidos para dilacerar com os argumentos bíblicos toda e qualquer heresias que surgirem em nosso meio com cara de "verdade" tentando se infiltrar nas  igrejas Cristãs.

Unicismo

Dentro da unidade do único Deus existem três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e estes três compartilham da mesma natureza e atributos; então, com efeito, estes três são o único Deus.
Há muitos cristãos evangélicos que consideram o movimento Pentecostal Unicista (também conhecido como “Só Jesus”) como um movimento cristão evangélico. A realidade é que este movimento está muito longe de ser considerado como cristão; está mais para uma seita. Uma das definições teológicas de seita é: Qualquer grupo que se desvia das doutrinas fundamentais do cristianismo, como a Trindade, a divindade de Jesus Cristo e a salvação pela graça, através da fé em Jesus Cristo somente.
Os maiores grupos o melhores conhecidos que compõem o movimento Pentecostal Unicista são:

• Igreja Apostólica da Fé em Cristo Jesus
• Igreja Pentecostal Unida
• Igreja Pentecostal da Fé Apostólica
• Igreja Evangélica Cristo Vive (Miguel Angelo)
• Outros grupos independentes que também crêem na unicidade de Deus, como por exemplo, a Igreja Voz da Verdade, Pentecostal Unida do Brasil, Tabernáculo da Fé, Igreja de Deus do Sétimo Dia etc.

Os pentecostais unicistas negam uma doutrina fundamental do Cristianismo: a doutrina da Trindade.
Este artigo foi escrito exclusivamente para alertar ao corpo de Cristo acerca deste movimento sectário e demonstrar à luz das Escrituras como os Unicistas estão equivocados sobre a verdadeira natureza de Deus. Seguimos a orientação de Judas 3, que nos exorta a lutar ardentemente pela fé que uma vez por todas foi dada aos santos.

O ARGUMENTO UNICISTA
A doutrina unicista está baseada no entendimento de duas verdades bíblicas. Estas bases bíblicas são usadas como fundamentos sobre o ponto de vista que tem de Deus e Jesus Cristo. A primeira verdade bíblica é que há somente um Deus e que Jesus é Deus. Destas duas verdades, os Unicistas deduzem que Jesus Cristo é Deus em sua totalidade, sendo assim, Jesus tem que ser o Pai, o Filho e o Espírito Santo, rechaçando a doutrina da Trindade.

O ARGUMENTO TRINITÁRIO
A Igreja, através dos séculos, sempre ensinou que dentro da unidade do único Deus existem três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e estás três pessoas compartilham da mesma natureza e atributos; então, com efeito, estas três são o único Deus.
A teologia unicista ensina que Jesus Cristo é o Pai encarnado, e que o Espírito Santo é Jesus Cristo também. Estes ensinamentos são o pilar da teologia unicista. Vejamos se esta noção está em harmonia com as Escrituras.

É JESUS O PAI? 
Versículos que os Unicistas usam para provar que Jesus é o Pai.
Isaías 9:6 – o “Pai Eterno”

Este versículo não ensina que Jesus é o Pai. O título “Pai eterno”, refere-se ao fato de que Jesus é o Pai da eternidade; em outras palavras, Jesus sempre existiu (João 1:1); Ele não foi criado, não teve princípio (João 17:5).
O termo “Pai” não era o título que se costumava usar para dirigir-se a Deus no Antigo Testamento. Assim, este versículo não ensina que Jesus é o “Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (1ª Pedro 1:3); em outras palavras, Jesus não é seu próprio Pai.

João 10:30 – “Eu o Pai somos um”
Se Jesus houvesse querido dizer que ele é o Pai, haveria dito: “Eu e o Pai sou um” ou “Eu sou o Pai”, que seria a expressão gramatical correta. Jesus não pode ser acusado de ter sido um mal comunicador.
“Somos” (gr. esmen), a primeira pessoa do plural. Jesus e o Pai são um em natureza e em essência, porque Jesus é Deus, como o Pai, mas não é o Pai.

João 14:8, 9 – “Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Jesus respondeu: “Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê ao Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?”

Jesus NÃO disse a Filipe que era o Pai.
Jesus veio como representante do Pai; veio demonstrar-nos o caminho ao Pai (v.6). Em João 5:43, Jesus disse: “Eu vim em nome de meu Pai [na autoridade do Pai, com as credenciais do Pai], e vós não me recebeis; se outro viesse em seu próprio nome [em sua própria autoridade, com suas próprias credenciais; como o anticristo], a esse receberíeis”.
Quantas vezes temos orado: “Pai, ajuda-me para que as pessoas te vejam em mim”. Acaso isso quer dizer que quando as pessoas virem você, estarão vendo literalmente ao Pai? Certamente que não, nem tampouco você estaria realmente pensando nisso, mas sim, estaria pedindo que Deus o ajude a representá-lo corretamente diante das pessoas para que possam ver a Deus através de sua vida. Por isso Jesus disse a Felipe: “O que me viu, viu ao Pai”, porque ver a Jesus, quem representou ao Pai foi como se estivesse vendo ao Pai. Mas Jesus NÃO estava dizendo que ele era o Pai.


QUE DIZ A BÍBLIA ACERCA DE JESUS E O PAI?
Jesus é referido como “Filho” mais de 200 vezes no Novo Testamento e nunca é chamado de “Pai”.
Jesus referiu-se ao Pai mais de 200 vezes como alguém distinto dele.
Em mais de 50 versículos podemos observar o Pai e a Jesus, o Filho, lado a lado.
No Novo Testamento repetidamente encontramos expressões como estas:

Romanos 15:5-6 — “O Deus que concede perseverança e ânimo lhes dê um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus, para que com um só coração e uma só boca vocês glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.
2ª Coríntios 1:3 — “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação…”
Filipenses 2:10-11 — “…Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”.
1ª João 1:3b — “Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo”.
1ª João 2:1 — “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”.
2ª João 3 — Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, estarão conosco em verdade e amor”.

No Evangelho de João, Jesus refere-se a si mesmo como enviado pelo Pai, mas nunca referiu-se a si mesmo como o Pai que enviou ao Filho.
O Pai enviou a alguém separado dele, chamado Filho.

1ª João 4:9-10,14 — “Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação por nossos pecados. (…) E vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo”.


É JESUS O ESPÍRITO SANTO? 
Versículos que os Unicistas usam para provar que Jesus é o Espírito Santo.

2ª Coríntios 3:17 — “Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade”.

O texto não diz que “Jesus é o Espírito”. Se a passagem dissesse isto, talvez os Unicistas tivessem um ponto forte, mas como não diz isto, eles assumem que a palavra “Senhor” se refere a Jesus Cristo.
O “Espírito” aqui é chamado de Senhor no sentido de identificá-lo com Javé (Jeová) ou Deus, e NÃO com Jesus, já que o versículo 16 diz: “Mas quando alguém se converte ao Senhor, o véu é retirado”. Trata-se de uma referência a Êxodo 34:34: “Porém, vindo Moisés perante o SENHOR [Javé] para falar-lhe, removia o véu até sair; e, saindo, dizia aos filhos de Israel tudo o que lhe tinha sido ordenado”.
O contexto sempre é que determina a quem se está referindo quando a palavra “Senhor” é usada. No versículo 17 a palavra “Senhor” está referindo-se a Javé e não a Jesus, já que o versículo 16 e todo o contexto assim demonstra.
Se os Unicistas estivessem sempre corretos ao interpretar “Senhor” como “Jesus”, como ficaria Filipenses 2:11? O texto diz: “E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”. Seguindo a linha de raciocínio dos Unicistas, teríamos de concluir erroneamente que: “E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Jesus…”. Isto não é o que este versículo está dizendo, mas o que está ensinando é que: “E toda língua confesse que Jesus Cristo é Deus. Porém, não Deus, o Pai, porque no mesmo versículo diz que isso será feito “para a glória de Deus Pai”.

Romanos 8:9 — “Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo”.

Este versículo NÃO mostra que Jesus é o Espírito Santo. A única coisa que está dizendo é que se alguém não tem o Espírito que produz fé em Cristo e demonstra o caráter de Cristo ou seja “o Espírito de Cristo”, ele não é parte do corpo daquele que morreu por nossos pecados. Ele é todavia controlado pela “natureza pecaminosa”.
O versículo 11 faz distinção bem clara entre o Pai que levantou a Jesus dos mortos, o Espírito pelo qual Jesus foi levantado e Jesus, quem foi levantado. Não se pode ignorar a distinção de pessoas apresentada neste versículo.

QUE DIZ A BÍBLIA SOBRE JESUS E O ESPÍRITO SANTO?

Mateus 12:31-32 — O texto fala da blasfêmia contra o Espírito Santo. A conclusão lógica que é extraída deste texto é que se a blasfêmia contra o Espírito Santo não vai ser perdoada, mas a blasfêmia contra o Filho vai ser perdoada, então o Filho NÃO é o Espírito Santo.
João 14:16 — O Espírito Santo é o “outro Consolador”.
João 15:26 — Jesus enviou o Espírito Santo.
João 16:13 — O Espírito Santo demonstra humildade e busca glorificar a Jesus.
Depois de termos visto que Jesus não é o Pai nem tampouco o Espírito Santo, podemos nos dar conta de que os Unicistas têm um conceito equivocado da verdadeira natureza de Deus.
Se Jesus não é o Pai, mas é Deus, e o Pai não é Jesus e é Deus, e o Espírito Santo não é Jesus e é Deus e a Bíblia diz que somente há um Deus, então isto significa que dentro da unidade do único Deus existem três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e estas três compartilham a mesma natureza e atributos; então, com efeito, estas três são o único Deus.
Uma coisa é dizer “Eu não entende a doutrina da Trindade” e outra coisa é dizer que “a doutrina da Trindade é falsa”, “pagã”, “diabólica”, “antibíblica”. A Bíblia faz uma advertência muito forte para esta classe de pessoas quando nos diz: “…Este é o anticristo: aquele que nega o Pai e o Filho. Todo o que nega o Filho também não tem o Pai; quem confessa publicamente o Filho tem também o Pai” (1ª João 2:22b-23).

Colaboração: Por Ricardo Becerra

Prof: Euler Lopes Moreira


terça-feira, 1 de setembro de 2015

Introdução a Hermenêutica Bíblica





Capítulo 1

INTRODUÇÃO A HERMENÊUTICA


INTERPRETAÇÃO HERÉTICA.

           Vemo-nos no decorrer da história da Igreja, que vários homens, por se descuidarem de uma reta e precisa interpretação bíblica, cometeram equívocos em suas assertivas. Lembremo-nos de Wiliam Miller que lendo o livro de Daniel fez uma interpretação errada. Segundo ele, baseando-se em Dn 8.14 e fazendo uma serie de cálculos, profetizou a volta de Jesus para 22 de outubro de 1844. Wiliam Miller foi engodado por sua hermenêutica levando assim o surgimento de uma seita chamada de “Adventismo de Sétimo Dia”.  E outros, que segundo o doutor Shedd em uma palestra de hermenêutica disse que existia um homem, que lendo a bíblia dizia que Deus, mandou ele abrir uma Igreja. Por que, quando lia a bíblia lá estava a palavra de Deus dizendo: “meu filho abre um salão, abre um salão”, confundindo com o nome de Absalão!
Diante do exposto acima, observamos que, uma má interpretação pode causar um desastre na sociedade e na vida das pessoas. Por outro lado, muitas pessoas sinceras estudiosas nos ajudam com os seus comentários a lançar luz sobre passagens obscuras e de difícil interpretação. O próprio método da hermenêutica e exegese, nos dão subsídio para analisarmos um texto bíblico ou um livro, para extrair do mesmo a sua reta interpretação e as diretrizes de sua aplicação contextualizada. Por isso é de fundamental importância esse estudo, pois o conhecimento dessa ciência (hermenêutica) resultará uma boa interpretação para os seus objetivos.

CONHECIMENTO DE PORTUGUÊS.

Nós vivemos em um contexto de decadência, no que tange ao ensino da língua portuguesa. Escolas junto com os seus professores, não mais se preocupam se o aluno está se desenvolvendo ou não. E até mesmo, os métodos empregados pelos professores não são suficientes para uma aprendizagem eficaz e precisa. Diante disso, fica difícil para o aluno, quando o mesmo vai trabalhar com os métodos de interpretação nos gêneros literário que estão presentes em várias partes do texto bíblico. Uma análise de uma porção bíblica, nos remete a conhecer um pouco de nossa língua nata, para podermos ter uma compreensão do texto e entender o que ele está transmitindo para nós leitores.
Vemos que a matéria de hermenêutica, nos exige muito esforço e dedicação. Por isso, convido a vocês estudarem um pouco de gramática de nossa língua e assim se prepararem para a arte de interpretação. Não somente isso, mas é de relevante importância consultar o interprete por excelência, o Espírito Santo, pois Ele é o agente primário da revelação, inspiração e iluminação das Escrituras.

MATERIAIS DE AUXÍLIO
         
          Dicionário de português;
Gramática de língua portuguesa;
Comentários bíblicos;
Concordância bíblica;
Atlas bíblico;
Dicionários bíblicos;
Bíblias de Estudo.

HERMENÊUTICA
A hermenêutica é a ciência que “estabelece” os princípios, as leis e métodos de interpretação. Ela é dividida em duas, as quais são: geral e especial.
A “geral” trabalha com qualquer obra escrita.
A “específica” trabalha com primazia o livro Sagrado.

EXEGESE
Existe outra ciência que faz parceria com a hermenêutica, é a exegese. Esta, faz uma profunda análise dos textos da bíblia utilizando-se do grego e hebraico e do conhecimento lexicográfico para extrair com precisão a interpretação. Exegese é diferente de hermenêutica. Pode-se dizer que exegese está para hermenêutica assim como prática está para teoria. Hermenêutica é a teoria, a Exegese é a prática dessa teoria. As duas coadunam entre si, auxiliando o exegeta a adquirir com exatidão o significado, assim como foi para os primeiros leitores.

MÉTODOS DA HERMENÊUTICA
O que é um método?
É o processo organizado de instrução, investigação para se obter um resultado. Neste estudo vamo-nos se utilizar de quatro métodos para um aprofundamento do conhecimento Escriturístico.
1.  Método Analítico.
O método analítico investiga sobre o ponto de vista de:
a) Observação;
b) Interpretação;
c) Correlação;
d) Aplicação ou Contextualização.
2. Método Sintético.
Este método se ocupa não nos pormenores, mas em cada livro como um todo. Ele aborda os assuntos centrais, extraindo assim as palavras que mais são ressaltadas no mesmo e determinado as suas características. Ajudando assim o exegeta a ter uma visão periférica, geral de cada livro da bíblia.
Exemplo:
O livro de Mateus
Autor: Mateus
Data: cerca de 60 d.C. Local: tradicionalmente na Judeia.
Tema: Jesus o Messias e Rei.
Palavra-chave: Cumprir, O Reino dos Céus, Filho do Homem, filho de Deus, Igreja.
Versículo-Chave: Mt 23.37-39.
Estatística: 40º livro da bíblia; 28 capítulos; 1071 versículos; 177 perguntas; 25 profecias A.T; 47 novas profecias; 815 versículos de história; 256 versículos de profecias e duas mensagens distintas de Deus (3.17; 17.5).
Carta aos Hebreus
 Autor: Desconhecido
Data: Cerca de 67-69 d.C.
Destinatários: Aos crentes Judeus em Roma
 Tema: Um melhor Concerto.
Palavra-chave: Melhor.
Versículo-Chave: 4.14.
A palavra fé é encontrada na bíblia 247 vezes. Na epístola aos hebreus é citada 30 vezes.


1. Hebreus 4:2 
2. Hebreus 6:1
 
3. Hebreus 6:12
 
4. Hebreus 10:22
 
5. Hebreus 10:38
 
6. Hebreus 11:1
 
7. Hebreus 11:3
 
8. Hebreus 11:4
 
9. Hebreus 11:5
 
10. Hebreus 11:6
 
11. Hebreus 11:7
 
12. Hebreus 11:8
 
13. Hebreus 11:9
 
14. Hebreus 11:11
 
15. Hebreus 11:13
 
16. Hebreus 11:17
 
17. Hebreus 11:20
 
18. Hebreus 11:21
 
19. Hebreus 11:22
 
20. Hebreus 11:23
 
21.Hebreus 11:24
 
22. Hebreus 11:27
 
23. Hebreus 11:28
 
24. Hebreus 11:29
 
25. Hebreus 11:30
 
26. Hebreus 11:31
 
27. Hebreus 11:33
 
28. Hebreus 11:39
 
29. Hebreus 12:2
 
30. Hebreus 13:7
 


3. Método Temático.
É o método utilizado para se estudar um livro com um assunto. É a investigação sobre um tema escolhido, em toda a Bíblia ou numa porção dela. Irmã da hermenêutica temática, não está ligada diretamente ao texto, mas ao assunto do texto. Na epístola aos romanos, Paulo apresenta certo número de temas diferentes, e os une, tecendo com eles a mensagem que quer transmitir. Utilizando esse método o exegeta deve fazer perguntas para o texto. Suas perguntas devem ser fundamentadas no que Rudyard Kipling chamou "homens honestos em serviço", em The elephanú child [O elefantinhó\'}
Mantenho seis homens honestos em serviço eles me ensinam tudo que sei. Seus nomes são:                            O que, Por que, Quando, Como, Onde e Quem. Use os homens em serviço de Kipling quando elaborar as per­guntas que você quer fazer em seu estudo temático.
Etapas do estudo temático a ser observado.
• Etapa um
Escolha um tema
• Etapa dois
Faça uma relação de todos os versículos que pretende estudar
• Etapa três
Selecione as perguntas a serem feitas
• Etapa quatro
Formule perguntas para cada referência bíblica
• Etapa cinco
Tire conclusões do estudo
• Etapa seis
Escreva uma aplicação pessoal

FORMULÁRIO PARA ESTUDO TEMÁTICO

1. Tema: Definição de discípulo segundo Jesus
2. Lista de referências bíblicas:
Mateus 10.24,25 Lucas 14.26-28 Lucas 14.33 João 8.31,32 João 13.34,35 João 15.8
3. Perguntas a serem feitas:
A. Quais são as características de um discípulo?
B. Qua is são as consequências de ser discípulo?
C.
D.
E.
4* Respostas às perguntas:
Referência bíblica: Mateus 10.24,25
A. Um discípulo será como Cristo (seu Mestre).
B. Ele deve esperar ser tratado como Cristo foi, pelo mundo.
C.
D.
E.

           4. Método Biográfico

O método biográfico procura descobrir o segredo do sucesso ou do fracasso espiritual da vida de alguma personagem bíblica. No estudo biográfico você busca conhecer a vida íntima da persona­gem em estudo. Peça a Deus que o ajude a pensar e a sentir junta­mente com ele, de forma que seu estudo seja uma experiência transformadora de vida. Neste método de estudo, você escolhe uma personagem bíblica e pesquisa sobre sua vida e seu caráter nas Escrituras.
O estudo torna-se aplicativo quando você analisa a sua vida à luz do que pesquisou e pede a Deus que o ajude a substituir suas fraquezas por um caráter positivo. Isso resultará em crescimento e maturidade na vida cristã.

Regras Para Método Biográfico

1 – Escolha o personagem que você quer estudar e estabeleça os limites do estudo, por exemplo:                    “A vida de Davi, antes de tornar-se rei”.

2 – Localize todas as referências que relatam o personagem e resuma em uma sentença cada uma delas.

3 - Descubra e anote: Quem era? O que fazia? Onde morava? Quando viveu? Por que fez e o que fez? Qual o seu caráter? Qual sua importância na história? Onde nasceu? Quem foram seus pais? Qual sua vocação? Era casado? Com quem? Teve filhos? Como eram? Como o personagem morreu?

4 – Escreva um breve esboço da vida do personagem. Inclua os acontecimentos e características importantes, declarando os fatos, sem interpretação. Se possível mantenha o material em ordem cronológica.

5 – Registre a virtude e as fraquezas do personagem.

6 – Escolha o versículo-chave para a vida do personagem.

7 – Resuma a vida do personagem em uma sentença (pode ser positiva ou negativa).

Algumas dicas para um bom estudo biográfico

A fim de que o estudo biográfico seja significativo, você precisa ter em mente certas dicas.
1. Inicie seu estudo com uma personagem sobre quem você pode fazer um estudo simples, com poucas referências bíblicas. Alguns personagens bíblicos podem ser estudados em algumas horas; ou­tros levam semanas e ainda há aqueles, tão importantes, que cus­tam uma vida inteira de estudo. Não comece um estudo de alguém como Jesus, Moisés ou Abraão. Comece com uma pessoa menos importante, mas de certo destaque, como André, Barnabé ou Maria de Betânia.
2. O segredo de um bom estudo biográfico é conviver com aquele personagem durante o estudo. Ponha-se no seu lugar. Ten­te entrar em sua mente e pense, sinta e reaja às circunstâncias como ele. Procure ver as coisas sob seu ponto de vista, olhando com seus olhos, ouvindo com seus ouvidos, entrosando-se com seus amigos e lutando contra seus inimigos. Torne-se essa pessoa enquanto a estuda. Isso só será possível se você passar muito tem­po com ela, lendo e relendo todas as referências bíblicas a seu respeito.
3. Cuidado para não se confundir com pessoas de mesmo nome quando procurar as referências bíblicas. Certifique-se de que o versículo trata da mesma pessoa que você escolheu estudar. Não confunda João Batista com o apóstolo João ou João Marcos. São homens diferentes. O contexto dos versículos geralmente lhe dirá quem é quem. Por exemplo, a Bíblia nos mostra que os seguintes nomes eram populares e se referiam a pessoas diferentes.
• Zacarias — 30 homens diferentes.
• Natã — 20 homens.
• Jonatas — 15 homens.
• Judas — 8 homens.
• Maria — 7 mulheres.
• Tiago — 5 homens.
• João — 5 homens.
4. Tenha o cuidado em achar os diversos nomes que podem se aplicar a uma só pessoa. Considerando que a Bíblia saiu de um contexto hebraico-aramaico-grego, alguns nomes de pessoas mudavam nos idiomas diferentes, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Por exemplo, o apóstolo Pedro é conhecido por Pedro, Simão, Simeão e Cefas. Os três amigos de Daniel, Hananias, Misael e Azarias são mais bem conhecidos por Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Às vezes, ocorre mudança de nome por causa de mudança de caráter, que foi o que aconteceu com Jacó, cujo nome foi mudado para Israel. Assim, seja cuidadoso e encontre todos os nomes atribuídos à mesma pessoa no estudo da Bíblia.
5- Mantenha-se longe de livros escritos sobre personagens bíblicos, até que você tenha esgotado todas as referências bíblicas sobre a pessoa e tenha extraído toda compreensão possível dos textos. Não deixe que um comentarista bíblico lhe roube o trabalho da descoberta pessoal, ou prejudique sua opinião sobre certo personagem. Faça seu trabalho primeiro; depois, confira outras fontes.
Etapas simples para fazer um estudo biográfico
O formulário para estudo biográfico contém dez seções, que representam as dez etapas para fazer este estudo.
Primeira etapa — Escolha a personagem bíblica que quer estudar
Escolha alguém que tenha um ponto fraco como você ou um ponto forte que você gostaria de aperfeiçoar. Selecione uma per­sonagem cuja vida lhe mostre revelações valiosas sobre como você poderia se ajustar mais ao padrão de vida de Deus e se tornar mais semelhante a Jesus Cristo.
Segunda etapa — Faça uma lista de todas as referências bíblicas sobre a personagem
Usando as ferramentas de consulta, encontre todas as referênci­as bíblicas que puder sobre esta personagem, bem como fatos relacionados à sua vida, tais como o seu nascimento, os principais acontecimentos na vida, as realizações, o que os outros diziam a seu respeito e sua morte. Você não obterá todas as "estatísticas fundamentais" necessárias sobre cada personagem que estudar, mas descobrirá tanto quanto possível.
Procure também referências bíblicas que abordem o contexto histórico da vida da personagem. Se o estudo for sobre Daniel, será necessário estudar o contexto histórico dos seus dias. Se for sobre o apóstolo Paulo, terá que estudar suas viagens missionárias.
Terceira etapa — Escreva as primeiras impressões (primeira leitura)
Leia todas as referências bíblicas que você relacionou e faça algu­mas anotações. Escreva a primeira impressão que tiver sobre esta personagem. Depois, escreva observações básicas e informações importantes que descobrir sobre ela. Finalmente, faça uma lista de quaisquer problemas, perguntas ou dificuldades que quiser sa­ber, à medida que for lendo as referências bíblicas.
Quarta etapa — Faça um esboço cronológico (segunda leitura)
Quando se tratar de personagem importante, leia novamente to­das as referências e faça um esboço cronológico da vida dessa pes­soa. Isto o ajudará a ter uma boa perspectiva de sua vida e você perceberá como acontecimentos diferentes se inter-relacionam. Mais tarde, quando estiver estudando os acontecimentos associa­dos à sua vida, saberá em que momento eles ocorreram. No caso das personagens de menor importância ou daquelas sobre quem poucos detalhes são fornecidos, leia as referências bíblicas e faça um esboço com base na informação que você tiver.
Procure ler todas as referências de uma só vez e numa tradução moderna. Isso o ajudará a sentir como sua vida fluía. Enquanto estiver lendo, procure identificar divisões naturais e importantes de sua vida. Depois procure e escreva os progressos e as mudanças de atitude ocorridos ao longo de sua caminhada. Por exemplo, uma divisão bem conhecida da vida de Moisés é:
• Quarenta anos na corte de Faraó — aprendendo a ser al­guém.
• Quarenta anos no deserto de Midiã — aprendendo a ser ninguém.
• Quarenta anos no deserto — aprendendo que Deus é Al­guém.
Essa é uma chave preciosa no estudo do caráter das pessoas. Veja como Deus lentamente moldou e mudou o caráter do perso­nagem estudado ou como Satanás o empurrou para baixo.
Quinta etapa — Procure conhecer o íntimo da personagem (terceira leitura)
Consulte novamente as referências bíblicas e procure possíveis res­postas às perguntas sugeridas no apêndice B. Ao responder algu­mas dessas perguntas, você terá revelações e saberá mais sobre o caráter da pessoa que estiver estudando.
Sexta etapa — Identifique qualidades de caráter (quarta leitura)
Após consultar as referências bíblicas, use a lista sugerida de caracte­rísticas positivas e negativas no apêndice C como forma de verifica­ção. Relacione cada uma das qualidades de caráter que encontrar, boas ou ruins, no formulário ou em uma folha de papel. Cite uma referência bíblica para cada característica observada.
Sétima etapa — Mostre como outras verdades bíblicas são ilustradas na vida da personagem
Examine a vida da personagem para ver como ela ilustra outras verdades bíblicas. Por exemplo, sua vida mostra o princípio da "colheita e semeadura"? Procure na vida dessa pessoa ilustrações de alguns dos provérbios como também certos princípios ensina­dos em Salmos. Por exemplo, pergunte: "A vida dessa pessoa ilus­tra a promessa: 'Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração'?" (SI 37.4). Encontre referências cruzadas que ilus­trem o que a Bíblia diz sobre algumas das características que você achou na vida desta personagem.
Oitava etapa — Resuma a lição principal
Em poucas frases, escreva o que você pensa ser a principal lição ensinada ou ilustrada pela vida desta personagem. Há alguma pa­lavra que traduza a sua vida ? Que característica se sobressai?
Nona etapa — Escreva uma aplicação pessoal
Sintetize o que você aprendeu em um esboço simples, de fácil memorização, possibilitando compartilhar suas conclusões com outros. Torne possível a sua comunicação. Pergunte-se: "O que a vida dessa pessoa pode significar para outros? O que posso com­partilhar sobre o que aprendi para ajudar outras pessoas?".
Divida a informação em sequências naturais de tempo e/ou fatos e lições aprendidas. Registre as informações encontradas de forma progressiva. Depois, pense num modo fácil de memorização para intitular cada seção. Mantenha os títulos condizentes com o conteúdo principal de cada uma delas, fazendo uso de rimas, aliterações e outros dispositivos de memorização. Use sua imagi­nação nesta etapa!

Conclusão
No procedimento das dez etapas apresentadas, sugere-se que você leia todas as referências bíblicas quatro vezes. Na realidade, esse é o número mínimo. Quanto mais vezes você revisar as passagens bíblicas referentes à pessoa que estiver estudando, mais vai obser­var. (Veja as seções de observação no cap. 10 deste livro.)
Como preencher o formulário para estudo biográfico
No final deste capítulo encontra-se o formulário para estudo bio­gráfico, que pode ser reproduzido ou usado como referência para suas anotações. O formulário apresenta as dez etapas já discutidas para fazer este estudo.
Preenchendo o formulário
Preencha os espaços em branco de cada uma das dez etapas, con­forme apresentadas na seção acima. Se precisar de mais espaço, use o verso do formulário ou folhas extras de papel.
O apêndice D fornece uma lista de homens da Bíblia de maior e menor importância, bem como das mulheres que se destacaram. Escolha aqueles que mais lhe interessar. Se estiver começando este método de estudo, estude primeiramente as seguintes pessoas:
1. Maria de Betânia.
2. André.
3. Calebe.
4. Rute.
5. Daniel.
Leitura adicional
Muitos livros foram escritos sobre homens e mulheres da Bíblia. Os alistados a seguir são alguns dos melhores. Lembre-se, todavia, que esse livros não devem ser lidos antes de você fazer seu estudo; faça seu estudo em primeiro lugar, e depois confira se você desco­briu outras coisas sobre aquela personagem.

FORMULÁRIO PARA ESTUDO BIOGRÁFICO

1. Nome: Estevão
2. Referências bíblicas:
Atos 6.3 — 8.2 Atos 11.19 Atos 22.20
3. Primeiras Impressões e observações:
Estevão foi um mártir e poderoso pregador da igreja primitiva com tremendo testemunho, disposto a morrer por sua fé.
4. Esboço de vida:
A. Escolhido pela igreja primitiva como líder:
1. para ajudar a solucionar discordâncias (At 6.5);
2. com base no seu caráter santo (At 6.3,5,8).
B. Ele tinha um grande ministério:
1. servia mesas (At 6.2,5);
2. fazia milagres (At 6.8);
3. pregava e ensinava poderosamente (At 6.10).
C. Ele foi perseguido:
1. hostilizado por judeus de diversas partes (At 6.9);
2. falsamente acusado (At 6.11);
3. preso e levado perante o Sinédrio (At 6.12-14):
a) falsas testemunhas testificaram contra ele;
b) defendeu-se fazendo um retrospecto magistral sobre o Antigo Testamento (At 7.2-53);
c) testemunhou de Jesus (At 7.55,56);
d) foi linchado pela multidão enfurecida (At 7.57-60).
D. Teve um ministério depois da morte — a perseguição fez com que a igreja se espalhasse (At 8.2-4; 11.19).
5. Qualidades de caráter Identificadas: No livro de Atos
• Cheio do Espírito (6.3,5,10)
• Sábio (6.3,10)
• Fiel (6.5)
• Disponível para Deus (6.8)
• Perseverante (6.10)
• Santo (6.15)
• Instruído (7.1-60)
• Ousado (7.51-53) . Valente (7.51-53)
• Perdoador (7.60)
• Respeitado por outros (8.2)
• Testemunha de Jesus (22.20)
7. Verdades bíblicas Ilustradas em sua vida:
A presença e o consolo do Espírito Santo nas provações da vida (At 7.54,55; Hb 13.5,6).
• Falsas acusações e perseguição ocorrerão em nossa vida (At 6.1 lss).
• A graça de Deus nos basta quando andamos com ele (At 6.10; iCo 1.27-31; 2Co 12.9).
6. Aplicação pessoal:
Preciso ser como Estevão — pessoa da Palavra, que conhece a Jesus Cristo intimamente e que, quando questionado, está sem­pre pronto para responder aos outros com base na Palavra. Como conseqüência deste estudo, me comprometo a reservar pelo me­nos quinze minutos para meditação, a fim de conhecer melhor a
Jesus. Também me comprometo a memorizar dois versículos da Escritura, semanalmente, de forma que eu possa responder aos que me questionam.
10. Conceitos comunicáveis (modos de compartilhar com os outros o que aprendi):
Os conceitos neste estudo que são comunicáveis.
A. A necessidade de uma caminhada pessoal com Jesus Cristo. O único modo pelo qual podemos nos tornar homens e mulhe­res de fé e de sabedoria como Estevão é reservando tempo para meditação diária e comunhão com o Senhor. A cami­nhada de Estevão com Jesus Cristo era dinâmica.
B. A necessidade de viver a palavra de Deus regularmente — estudo bíblico e memorização da Escritura. Se quiser conhe­cer a Bíblia como Estevão, preciso investir em tempo nessa atividade para poder ensinar aos outros a fazer o mesmo. Este livro é um meio de me ajudar a fazer isso. Preciso comparti­lhar estes métodos com outras pessoas.
C. Necessidade de intrepidez em tempos de adversidade e perse­guição. Preciso orar para que Deus me dê ousadia para com os outros.
11, Alguém a quem quero compartilhar este estudo:

FORMULÁRIO PARA ESTUDO BIOGRÁFICO
1, Nome:
2. Referências bíblicas:
3. Primeiras impressões é observações:
4. Esboço de sua vida:
5. Revelações (respostas a perguntas):
6. Qualidades de caráter identificadas:
7, Verdades bíblicas Ilustradas em sua vida:
8. Resumo das lições aprendidas por sua vida:
9. Aplicação pessoal:
10. Conceitos comunicáveis (modos de compartilhar com os outros o que aprendi):
11. Alguém a quem quero compartilhar este estudo:


Conclusão
Os métodos que foram abordados aqui, são a maneira mais correta de ter conhecimento no que tange a interpretação. Estes (métodos) é a primeira parte de nosso estudo, que embora a princípio nos parece difícil, entretanto nos auxilia para uma compreensão mais precisa das Sagradas Escrituras.



Prof: Euler Lopes